Casal brasileiro transforma caixa d’água em miniusina hidrelétrica

11/08/2014 00:00 / Atualizado em 06/05/2020 16:43

O fornecimento regular de energia elétrica em cidades distantes dos grandes centros urbanos é um grande desafio para o desenvolvimento econômico.  Além do alto custo de manutenção da rede elétrica, é comum que tempestades ou ventanias, por exemplo, provoquem apagões e deixem a população sem eletricidade.

Pensando numa solução para o problema, o casal de empreendedores Mauro Serra e Jorgea Marangon desenvolveu uma tecnologia que transforma as caixas d’água em miniusinas hidrelétricas.

Batizada de UGES (Unidade Geradora de Energia Sustentável), o sistema de funcionamento é simples e pode ser utilizado em qualquer caixa d’água, independentemente de seu tamanho.

O produto conta com recursos da Faperj (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro) e foi patenteado no Inpi (Instituto Nacional de Propriedade Industrial).

“A UGES transforma a passagem da água que abastece os reservatórios em um sistema gerador de energia. Vale destacar que o consumo diário de água no país é em média de 250 litros diários por pessoa, consumo que é totalmente desperdiçado como forma de energia”, destacou Mauro Serra em entrevista ao site da Faperj.

Com pequenas dimensões, a unidade geradora é acoplada à entrada de água da caixa e conectada, por fios elétricos, a uma unidade móvel de tamanho aproximado a um pequeno container –que pode ter rodinhas e ser móvel.

“Ao entrar pela tubulação para abastecer a caixa, a água que vem da rua é pressurizada pelo sistema gerador de energia, passando pela miniusina fixada e angulada na saída de água do reservatório”, explica o inventor.

A miniusina é autossustentável. Isso significa que o sistema só precisa de água circulando para gerar, armazenar e distribuir energia.

A energia gerada tem capacidade para abastecer lâmpadas, geladeira, rádio, computador, ventilador e outros aparelhos domésticos. Só não é ideal para ser usada em equipamentos de alto consumo, como chuveiros e secadores de cabelo, segundo Serra.

Via Ciclovivo, com informações da Faperj