Ciclista acha conta com dinheiro, paga e avisa que sobrou troco
Iniciativa é considerada exemplar pelo movimento Sou Responsável, campanha sem partidos, candidatos ou ideologia apoiada pelo Catraca Livre e pelo Instituto SEB de Educação
O torneiro mecânico Moisés Branco, de 35 anos, também é ciclista em Pouso Alegre. Todos os fins de semana, ele percorre de bicicleta a rodovia BR-459, entre sua cidade e Ipuiúna, no sul de Minas Gerais. No início deste ano, seu passeio teve algo de diferente. Ele encontrou dinheiro no caminho, e o que ele fez depois é um exemplo para outros brasileiros.
Essa história faz parte da série para o movimento Sou Responsável, cuja meta é estimular o protagonismo dos brasileiros. Em pleno ano eleitoral, o Catraca Livre e o Instituto SEB de Educação decidiram apoiar essa campanha para ajudar o brasileiro a também ser parte das soluções, e não do problema.
Branco –como é conhecido– participa de torneios profissionais. Ele já tinha subido a serra naquele dia e resolveu descer até o município vizinho de Senador José Bento, de acordo com informações do site Terra do Mandu.
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Quando voltava, ele começou a encontrar notas de dinheiro na beira da estrada. “Primeiro achei uma nota de R$ 2. Levantei a cabeça e vi uma nota de R$ 10 e outra de R$ 20. Mais à frente encontrei o restante do dinheiro e a conta de uma operadora de TV”, relembra.
No total, eram R$ 137 para pagar a conta de R$ 136,70. O endereço da pessoa que teria perdido o dinheiro estava no boleto. “Como não tinha tempo para achar o endereço, eu levei tudo e fui até Ipuiúna, numa casa lotérica, e paguei a conta. O troco e comprovante está comigo: R$ 0,30”, publicou Branco em uma rede social, quando voltou para casa.
Segundo ele, o aviso tinha como objetivo tranquilizar a pessoa que perdeu o dinheiro e a conta. A mensagem foi compartilhada e o ciclista recebeu muitos elogios.
Posteriormente, Branco disse que havia conseguido entrar em contato com o proprietário do dinheiro e que ele “ficou muito feliz”.
É o operador de máquinas Célio Coutinho, que agradeceu a atitude do torneiro mecânico. “Que Deus abençoe ele.” Coutinho disse, ainda, que aquela era “a coisa mais linda que aconteceu”.
Coutinho explicou que o dinheiro e a conta estavam sendo levados pela mulher para o pagamento na lotérica. Ela estava com os filhos e só percebeu que havia perdido tudo quando chegou ao local de pagamento. “Ela até voltou para procurar, mas não encontrou.”
Ele obteve o telefone de seu benfeitor e ligou para dizer “obrigado”. “É difícil achar uma pessoa honesta assim”, disse, emocionado, o operador de máquinas. “E já combinamos que, da próxima vez que ele passar pedalando por aqui, gritar pra gente.”
Leia a reportagem completa no Terra do Mandu