Coletivo realiza ações para promover a agroecologia nas cidades

A palavra “muda” é relacionada tanto com uma planta a ser cultivada quanto ao processo de mudança. Mas em São Paulo é também a sigla do Movimento Urbano de Agroecologia, que busca resgatar os laços entre o espaço urbano e o rural.

Criado em 2010, o Muda nasceu da vontade de integrar as diversas iniciativas em prol de uma vida menos estressante nas grandes metrópoles. “O setor alimentar é um dos que mais reflete essa tendência, com a valorização de produtos orgânicos e regionais, além de um envolvimento mais amplo com o universo culinário”, diz Prizendt. “Por isso, visamos a criação de uma cidade mais verde, a reconexão dos seres humanos com os ciclos naturais, a valorização do agricultor familiar e a construção de uma cadeia produtiva justa e solidária.”

Para o grupo isso é possível a partir das vivências agroecológicas. “São experiências que geram mais equilíbrio entre os habitantes de diferentes comunidades e entre os seres humanos e os demais elementos da natureza, proporcionando um futuro sustentável para nós e as gerações que virão”.

O coletivo já realizou um festival de quatro dias que contou com oficinas de culinária, seminários sobre solo, cultivo e nutrição. Também organizaram feiras ecológicas, O Disco Xepa e produziram seis curtas metragens.

Equipe do Muda (Movimento Urbano de Agroecologia)[/img]

“Vamos fazer o lançamento documentário ‘O veneno Está na Mesa 2’ e outros eventos ao longo do ano. A ideia principal é ajudar a transformar nossas cidades em locais produtivos de alimentos saudáveis e os campos em lugares que cultivem com respeito a biodiversidade e não explore o trabalho dos camponeses”, afirma Prizendt.

O Muda tem também quatro integrantes selecionados entre os indicados ao Prêmio da Virada Sustentável: Ana Flávia Borges Badue, Júlio Avanzo, Márcio Stanziani e Susana Prizendt.