Criatividade e comoção: armas contra a guerra

Nos últimos dias, uma campanha impactante criada pela Grey Brasil, para a The Human Rights Foundation (HRF), mostrou como os conflitos armados são capazes de revelar as piores facetas da natureza humana. Nas peças, a guerra transforma homens em demônios.

A campanha criada no Brasil, no início do ano, teve desdobramentos durante o Oslo Freedom Fórum 2014, evento que reuniu recentemente líderes mundiais, ativistas, empresários, jornalistas e artistas para compartilhar a importância da causa pelos direitos humanos.

Para quem não sabe, a The Human Rights Foundation (HRF) é uma organização apartidária e sem fins lucrativos, com sede em Nova York, que promove e protege a paz, a liberdade e os direitos humanos ao redor do mundo.

Não é a primeira vez que a propaganda levanta a bandeira branca e acende a luz de sua criatividade para combater os males cruéis da guerra. Capaz de engajar e emocionar, a comunicação pode ser uma poderosa arma na “luta” por paz.

A campanha abaixo, da AXE, aposta no conceito “Faça amor, não faça Guerra”, slogan que ficou famoso durante o período mais intenso da contracultura, entre os anos 60 e 70.

O trabalho abaixo, da ONG Save The Children, chama a atenção para as crianças refugiadas na Síria. Além da beleza e comoção das cenas, o filme usa uma linguagem moderna, fracionada, semelhante aos vídeos “um segundo por dia” que costumam viralizar nas redes sociais. O filme começa com a comemoração do aniversário de uma garotinha numa Londres pacata, e ao fim da edição exibe a menina em choque e afetada pelos horrores da guerra, comemorando outro aniversário.

Esta outra peça, criada para a 3M, na Índia, é simples e potente ao mesmo tempo. O anúncio exibe uma imagem do Holocausto que matou mais de 6 milhões de judeus, na segunda guerra. Sobre ela, um post-it colado: “Não esqueça”.

Em 6 de agosto de 1945, Hiroshima foi arrasada por uma bomba atômica lançada pelos Estados Unidos. O anúncio abaixo, do jornal Cape Town. exibe uma imagem fictícia que representaria o dia anterior ao ataque. “O mundo pode mudar em um dia”, diz a peça que promove o periódico.

Essa outra peça, criada por uma agência de propaganda alemã, mostra como a guerra deixa cicatrizes e muitos órfãos.

Por Renato Rogenski, Editor-chefe do Portal Adnews