Baccarelli 20 anos: Cynthia Santana Nunes da Rocha, 9

Em comemoração aos 20 anos do Instituto Baccarelli, organização sem fins lucrativos, o Quem Inova mostra a história 20 alunos e ex-alunos. Hoje é a pequena Cynthia Santana Nunes da Rocha, 9 anos, que integra o coral e está aprendendo a tocar violino no instituto.

Cynthia Santana Nunes da Rocha, 9 anos

Cynthia Santana Nunes da Rocha tem 9 anos, chega com uma expressão bem comportada. Mas não é prudente se deixar enganar. Bastam alguns minutos de conversa para se dar conta de que por trás daquele olhar tímido está alguém que já entendeu o papel que a música vai ter em sua vida. “Eu sempre quis ajudar as pessoas. Antes, eu queria ser médica, sabe? Mas aí eu comecei a estudar música e acho que com ela também dá para ajudar”.

Foi com apenas quatro anos que Cynthia explicou para a mãe que queria cantar. Ela já cantava ao lado do irmão mais velho, na igreja. Mas queria mais. A mãe ouviu falar do Instituto Baccarelli. E Cynthia logo passou a integrar um dos corais do projeto. “Cantar faz com que eu possa me expressar. Eu posso ser eu mesma quando estou cantando, eu me sinto muito mais solta”.

https://youtu.be/1ZyqPW6hWik

Ela continua no coral, mas também começou a estudar violino. Sentiu uma diferença grande. “Quando a gente faz música, tem que ser com o coração. Cantando, a voz já sai de dentro da gente, mas no violino você tem que mostrar o sentimento”, ela diz, e conta em seguida que dali a alguns dias vai ter prova do instrumento Ela está pronta? “Sim!”. Vai ficar nervosa de tocar na frente dos outros? “Não, eu gosto de ter uma plateia, porque aí você já vê no rosto das pessoas se elas estão gostando ou não”.

Quando tiver mais idade, Cynthia pretende dar aulas no Baccarelli. “Porque as pessoas dizem que não gostam de música, mas é porque elas não entendem como é a música, e eu acho que posso ensinar a elas”. Mas ainda tem tempo até lá. Os planos mais imediatos são outros. Depois da prova, ela sai de férias. Se for aprovada, vai poder ter um violino só seu. “Seria bom, porque eu vou para Bahia e eu queria poder tocar para a minha avó que mora lá ouvir. Acho que ela vai gostar”. Com certeza.

Por João Luiz Sampaio