Dispositivo auxilia no combate ao câncer de colorretal
O que poderia ser um pesadelo para qualquer um, para a instrumentadora cirúrgica Carolina Fagundes se tornou uma oportunidade de salvar vidas. Em 2006, a sua mãe, Ivonice Satie, havia sido diagnosticada, após uma sequência de erros médicos e diagnósticos, com câncer de colorretal (CCR) e, para ter uma sobrevida de qualidade, Ivonice precisava realizar exames de fezes constantes, com o objetivo monitorar a massa tumoral e sangue oculto nas fezes.
Ao acompanhar a dificuldade da mãe em coletar uma amostra, Carolina se deparou com uma falha do mercado, que carecia de um produto complementar ao habitual “potinho”.
Foi daí que surgiu a ideia do ColOff, revestimento de assento sanitário, que inicialmente foi feito a base de sacos estéreis e confeccionados em casa por Carolina, que é especialista em assepsia e controle de infecção por contaminação. Após usar o produto por um ano, Ivonice fez um pedido à sua filha: que registrasse a patente e ajudasse mais pessoas no combate ao câncer de colorretal.
“Após ouvir o conselho da minha mãe, sabia que trabalhar o desenvolvimento do ColOff era a coisa certa a fazer. Precisava criar algo em massa, que ajudasse ainda mais pessoas, assim como ajudou minha mãe e contribuísse para a prevenção de doenças ligadas ao intestino”, conta Carolina.
Foi então que, em 2008, após a morte da mãe, que a instrumentadora resolveu levar a ideia adiante. Chamou o marido, Eliezer Dias, especialista em design gráfico e publicidade, para se juntar ao projeto e, juntos, iniciaram a Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P,D&I) sobre matérias-primas que não fizessem mal a natureza (eco-friendly) e que não interferisse no resultado diagnóstico.
Após diversos estudos que comprovassem a inércia do produto, alguns testes laboratoriais em amostras biológicas e pesquisas de opinião, o produto foi lançando oficialmente em 2010.
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Vencedores do Desafio Brasil, programa de fomento à inovação tecnológica e ao empreendedorismo, o ColOff tem entre seus clientes hospitais como Albert Einstein e Oswaldo Cruz, algumas das principais drogarias, além de exportar o produto para a Austrália.