Enfermeira dedica sua vida a adotar bebês com doenças terminais

15/09/2016 00:00 / Atualizado em 02/05/2019 20:02

Em agosto de 2012, a enfermeira norte-americana Cori Salchert, hoje com 50 anos, recebeu um telefonema que iria mudar sua vida para sempre. A ligação era da assistente social de Sheboygan, uma pequena cidade no Estado de Wisconsin.

“Eles disseram: ‘nós temos um bebê que nasceu sem parte do cérebro e não temos ideia de quanto tempo irá viver”. A criança em questão era Emmalynn, que viveu por apenas 50 dias. 

Cori e a família se dedicam a adotar crianças com doenças terminais
Cori e a família se dedicam a adotar crianças com doenças terminais

Desde então, Cori e seu marido, Mark, adotam bebês –todos em estado terminal, mesmo tendo oito filhos biológicos. A maioria é de famílias carentes que não têm condições de sustentar as crianças.

Cori e a filha Mary Elizabeth, 18, beijando Charlie, um dos filhos adotivos
Cori e a filha Mary Elizabeth, 18, beijando Charlie, um dos filhos adotivos

“Quando minha irmã mais nova, Amie, era criança, ela contraiu meningite. Após as febres altas por conta da infecção, um pouco da sua função cerebral foi destruída, deixando-a mental e fisicamente deficiente. Depois disso, ela passou a viver em um lar infantil para as crianças”, contou Cori ao programa “Today Show”, da rede NBC.

“Quando Amie tinha 11 anos, ela se afogou em uma pequena lagoa na casa infantil e não havia ninguém para socorrê-la.”

Cori já adotou cinco bebês com doenças terminais. Mesmo assim ela afirma que a família estará sempre em busca de outro bebê para amar e cuidar. “Investimos profundamente, e dói muito quando essas crianças morrem, mas nossos corações são como vitrais. Esses vitrais são feitos de vidro quebrado que ficaram novamente juntos, e esses vitrais são ainda mais fortes e bonitos justamente por terem sido quebrados”, diz.