Engenheiro cria crowdfunding para crianças com doenças graves
O engenheiro da computação Fábio Laé de Souza, 38 anos, transformou a sensação de impotência em ação. Impossibilitado de trabalhar por conta de uma doença nos braços, ele teve abandonar uma carreira promissora no exterior e voltar para o Brasil.
Durante o tratamento, Fábio começou a pesquisar a história de pessoas com doenças graves que necessitavam de ajuda e começou a pensar em como colaborar com as diversas causas.
“Logo percebi que outras famílias passavam por situações até piores do que a minha. Queria algo mais do que fazer doações para uma criança específica. Queria criar algo que pudesse amenizar o sentimento de impotência dessas famílias, que pudesse trazer esperança e oportunidade de tratamento para essas crianças. Ao mesmo tempo, isso ajudaria as pessoas e a mim mesmo”, relembra.
- Universidade da Espanha oferece 30 bolsas para brasileiros
- O que acontece quando olhamos fixamente nos olhos de um cachorro, segundo a ciência
- Em feito inédito, equipe feminina conquista vaga no torneio tier 1 de Counter Strike
- Estudo alerta para o risco de câncer de intestino em jovens brasileiros
Foi a partir daí que o engenheiro e a mulher, Carol Saliby, 35, criaram o Clique da Esperança, site que tem por objetivo arrecadar doações para crianças que precisam de cirurgia e tratamento médico por todo Brasil.
“O Clique da Esperança reúne pessoas que têm vontade de auxiliar crianças com doenças graves e precisam de tratamento, geralmente caro e de urgência”, conta Fabio Laé de Souza, criador do projeto, que em nove meses já ajudou mais de 30 crianças com arrecadações que superam R$ 500 mil.
Qualquer valor a partir de R$ 5 pode ser doado. A transação é feita via PagSeguro, ferramenta de venda pela internet, e o valor é depositado diretamente na conta dos pais da criança. “Não fazemos nenhum tipo de intermediação das doações, simplesmente fazemos as conexões e tudo de forma bastante transparente. O doador pode acompanhar sua contribuição em tempo real no histórico de doações da criança”, conta Fabio, que tem atualmente cerca de 20 campanhas ativas no site.
O criador do projeto ressalta que a real necessidade da família é comprovada por meio de documentos, exames médicos e entrevistas para evitar que o sistema seja utilizado por pessoas mal intencionadas.
O site não cobra nenhum tipo de taxa e os valores são representados por presentes virtuais ou mimos. Por R$ 50, por exemplo, é possível “comprar” uma fantasia de super-herói para Pedrinho Oliveira, de 1 ano, que precisa de um transplante de intestino feito apenas nos Estados Unidos. O bebê já recebeu quase R$ 30 mil em doações por meio do site.
Engajamento social
Diariamente, o Clique da Esperança trabalha com ações no Facebook. A página do projeto já possui 125 mil fãs e assim conseguindo alcançar e impactar as pessoas a aderirem a doação on-line. Resultados do movimento foram os sucessos das campanhas dos bebês Sofia, que arrecadou R$ 7,4 mil em apenas três dias, e Pedrinho Lavras, que conseguiu R$ 152 mil e ir para os Estados Unidos para o tão sonhado transplante.
“riamos mais de 500 posts por mês. As pessoas se solidarizam, e além da doação, também se engajam nas redes sociais para aumentar o alcance das campanhas. É o poder da Internet viralizando o bem”, afirma Fabio Laé.
Para conhecer e ajudar ao projeto, acesse: www.cliquedaesperança.com