Equipamento torna o tratamento de câncer menos invasivo

Um exclusivo sistema de condensação de raios-X desenvolvido por um engenheiro industrial israelense está prestes a entrar no mercado.

O equipamento foi criado após Ze’ev Harel passar meses internado em um hospital após sofrer um acidente de parapente. Ao observar as limitações da tecnologia de raio-X, ele prometeu torná-la melhor.

Após desenvolver um detector de raios-X em tempo real e um sistema de identificação de explosivos, ele e a sua equipe de físicos inventaram o MercyBeam, uma lente patenteada para aperfeiçoar o tratamento de radioterapia em pacientes de todas as idades.

O atual tratamento de radioterapia é bastante problemático. Usa-se uma forte radiação de alta energia que não é apenas direcionada ao tumor, mas também a todos os tecidos saudáveis no entorno. Tais tratamentos requerem um maquinário extenso e caro e salas especiais blindadas para a sua realização, tornando-se inviáveis para clínicas e hospitais que não podem adotar esses parâmetros.

Além disso, o tratamento radioterápico atual não é apropriado para crianças menores de três anos de idade.

A lente do MercyBeam coleta a maior parte dos raios-X tridimensionais provenientes de qualquer gerador padrão de raios-X e converge-os em direção ao tumor. Isso aumenta a dose terapêutica no local onde é necessário, enquanto os tecidos ao redor recebem uma exposição mínima ou até mesmo nula.

A tecnologia de convergência possibilita o uso de raios-X de fótons com energia 100 vezes menores do que aqueles usados nos sistemas atuais com base em aceleradores lineares (LINACs).

O MercyBeam é pequeno, leve e possui um custo relativamente baixo –entre US$ 700 mil a US$ 1 milhão, em contraste com o custo de US$ 4 milhões ou mais por um LINAC e US$ 80 milhões por um sistema de feixes de prótons. O equipamento não precisa ser confinado a uma ‘sala de isolamento’ e poderia, até mesmo, ser montado em vãs de tratamento móvel destinadas a áreas remotas ou desfavorecidas.

Via Israel21c