Escolinha de árbitros ajuda crianças e revela nova geração

16/01/2018 00:00 / Atualizado em 02/05/2019 20:17

Árbitro baiano entre 1999 e 2007, Rildo Góis, de 46 anos, inovou na missão de fazer o bem: em 2011, ele criou a Divisão de Base de Árbitros de Futebol (DBAF). Desde então, a escolinha de Salvador já atendeu 150 crianças e adolescentes. Gratuito, o projeto acolhe, atualmente, 25 meninos e meninas entre 10 e 17 anos.

A DBAF funciona no subúrbio da capital baiana –no bairro do Cabula–, mas há ações pontuais em outros locais, segundo reportagem de Vinícius Perazzini, do Lance!. Góis teve a ideia da escolinha no começo dos anos 2000, mas demorou para encontrar crianças dispostas a participar.

O projeto começou a tomar forma em 2007, quando ele conheceu Luanderson Lima, então com 12 anos, apitando uma “pelada”. O jovem carente sonhava em ter aquela profissão e começou a ser orientado pelo árbitro. Assim nascia a DBAF.

Hoje com 22 anos, Lima é assistente da Federação Bahiana e da CBF. Segundo Góis, que tira seu sustento da arbitragem em jogos amadores, 40 dos jovens já atendidos estão envolvidos com arbitragem –dez são da Federação Bahiana, dois estão no quadro da CBF e 15 estão na faculdade.

Escolinha de árbitros ajuda crianças e jovens e revela nova geração
Escolinha de árbitros ajuda crianças e jovens e revela nova geração

Ele conta que o projeto atua também na formação do cidadão e tem preparador físico e nutricionista voluntários. “O que gera dinheiro no futebol é fazer jogador, vender jogador, e ninguém olha para a arbitragem, porque a arbitragem é mesmo por amor”, diz. “Mas o retorno que eu tenho tido desses jovens transformando a vida é muito satisfatório. É isso que me move e move o projeto.”

As aulas acontecem nas manhãs de sábado. O pré-requisito para participar é estar na escola. As crianças atendidas também fazem algumas refeições ali. Uma delas guarda parte de sua alimentação para levar ao pai, que enfrenta dificuldades.

O dinheiro da DBAF sai do bolso de Góis e de alguns de seus colegas, já que não há patrocínio. Reconhecendo o pioneirismo da escolinha, a CBF colaborou com R$ 38 mil em material esportivo em 2013.

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