Esculturas gigantes chamam atenção para questão do lixo no Rio
Para chamar a atenção sobre o descarte correto do lixo pequeno, como guimbas de cigarro, o movimento Rio Eu Amo Eu Cuido espalhou nesta segunda-feira quatro esculturas gigantes pela cidade.
A primeira instalação é uma guimba de cigarro (ou bituca, para os paulistas), de quatro metros de altura cada, que foi fixada na Cinelândia, centro da cidade. A segunda, que tem as mesmas dimensões, reproduz um copo de café derramado e está na praça Antero de Quental, no Leblon; a terceira, um chiclete, na praça Agripino Grieco, no Méier; e a terceira, um canudo, no calçadão de Bangu.
Criado há seis anos por um grupo de voluntários, o movimento Rio Eu Amo Eu Cuido tem três eixos de atuação: limpeza urbana, comportamento no deslocamento e preservação e conservação dos espaços públicos, considerando-os a continuação da casa de cada indivíduo.
- ‘Isolado’ na Malásia, casal brasileiro cria projeto para recolher lixo de ilha
- Artistas questionam o lixo em esculturas gigantes de animais
- Passeios para fazer no Rio que não estão nos roteiros turísticos
- Com intervenção no Ibirapuera, projeto chama atenção para árvores caídas em SP
As ações são divididas em ações de susto, para conscientização da população, ou de legado para a cidade, entre as quais mutirões de limpeza, revitalização de praças, pintura de galerias urbanas.
Segundo Ana Lycia Gayoso, coordenadora do movimento, com o mote “Incomoda, né?!”, a exposição quer sensibilizar o cidadão, “sempre de forma irreverente, que é muito a linguagem do carioca”, para essa ação que destaca a importância do descarte correto do lixo.
A exposição baseou-se em levantamento da Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana), segundo a qual guimbas, copos descartáveis, chicletes e canudos tornam mais problemático o serviço diário do gari, porque são mais difíceis de ser recolhidos.
A guimba de cigarro, por exemplo, fica presa entre as pedras portuguesas do calçamento, o que dificulta sua remoção. Também o canudo plástico, o chiclete ou o copinho descartável agridem o meio ambiente e afetam o mobiliário urbano.
Com informações da Agência Brasil e o “O Globo”