Estudantes criam intervenção urbana para impactar cidadania
O grupo, junto com o grafiteiro Felipe Feitosa, criou um mural na Praça Morungaba
Muito se fala sobre a revolução da educação e o ensino por projetos onde o aprendizado deve extrapolar os conteúdos estudados e ir além dos muros da escola, causando um impacto no mundo real. Quando o estudante consegue fazer essa ponte é o momento em que a essência do aprendizado é consolidada e os estudantes do Grade 5 da Escola Concept de São Paulo fizeram essa conexão ao realizarem uma intervenção urbana.

Ao estudarem sobre a desigualdade um dos questionamentos que surgiu era como criar uma maneira onde todos possam ter acesso à arte, à música, ao teatro, à dança, entre outras tantas expressões culturais. Com esse questionamento guiando a curiosidade e com o apoio dos educadores, os estudantes começaram a notar manifestações culturais a que todos tinham acesso – artes de rua.

Nesse momento eles fizeram conexões e compreenderam a importância das manifestações culturais que acontecem aos domingos na Avenida Paulista, onde moradores de rua, transeuntes e moradores dos Jardins assistem ao mesmo ato circense, escutam a mesma música ou assistem a uma performance teatral. Todos juntos. Coabitando o mesmo espaço. Rindo das mesmas piadas. Se sentindo acolhidos pela música que toca a alma. Ali, naquele momento, as diferenças se esvaem e a desigualdade, por um breve momento, inexiste.
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Tocados com essa oportunidade de acabar com a desigualdade, nem que seja por um breve espaço de tempo, os estudantes queriam deixar sua marca e confortar aqueles com menos oportunidades que eles. Foi então que nas aulas de artes eles começaram a estudar sobre o grafite e as mensagens que eles passam. Focados nisso, cada estudante criou um desenho para grafitar no espaço urbano, além dos muros da escola.

Assim, em novembro, os estudantes, com o apoio da AME Jardins, do Instituto Jardins da Infância e junto com o grafiteiro Felipe Feitosa, criaram um mural com suas artes na Praça Morungaba. Segundo os próprios estudantes, poder ser parte da construção de algo que impacta a sociedade positivamente dá uma sensação de pertencimento e de cidadania.
Por: Carolina Ursulino, da Escola Concept de São Paulo