Estudantes criam peças a partir de jeans usados e viram empreendedoras

Reaproveitar jeans fora de uso, dar a eles uma nova cara e revender, criando uma moda sustentável e incentivando o consumo consciente. Simples e inovadora, a ideia da MIG Jeans nasceu durante as aulas de empreendedorismo na Faetec (Fundação de Apoio à Escola Técnica) e, em menos de um ano de operação, já coleciona cinco prêmios.

As empreendedoras Isa Maria (esq.), Luana e Mayra, sócias na MIG Jeans

Moradoras da zona norte do Rio, Isa Maria Rodrigues, 21 anos, Luana Depp, 23 anos, e Mayra Sallie, 23 anos, se conheceram no curso técnico em produção de moda.

“Acreditamos que poderíamos mudar o olhar das pessoas, conscientizar e questionar o consumismo, contribuindo para uma sociedade melhor”, diz Luana.

A ideia inicial, de um brechó itinerante com roupas transformadas, tomou um novo rumo. “Percebemos a grande quantidade de peças jeans descartadas em brechós, vimos a oportunidade de termos matérias-primas de qualidade e descobrimos o nosso diferencial no mercado”, conta Mayra, lembrando a longa durabilidade do material.

Modelo desfila com peças com jeans de reúso

Cada artigo é customizado levando em conta “melhoria e necessidade”, afirma, respeitando a época, o tom e o tipo de acabamento. As sócias pesquisam as peças e atribuem novos conceitos, criando, assim, peças exclusivas.

Por ora, a empresa só vende no Rio de Janeiro, de forma itinerante. Em breve, as empreendedoras lançarão uma loja on-line.

Modelo usa camisa jeans recriada pela MIG

Luana diz que o descarte zero é outro dos trunfos do negócio. “As pessoas diziam que jogavam fora muitas peças jeans por não saberem o que fazer com elas. Criamos uma campanha com o objetivo de conscientizar sobre o reúso do jeans.”

Modelo apresenta artigos da coleção da MIG Jeans

A ação ocorre em eventos; neles, a MIG transforma as peças dos clientes e promove a troca de roupas usadas por descontos em itens da marca. A campanha abriu portas para a empresa, que passou a ser convidada a participar de feiras de moda. “Passaram a acreditar em nossa marca como uma proposta sustentável”, afirma Isa.

Por QSocial