Estudantes do interior de SP viajam à ONU para apresentar projeto
Todos os dias, o Quem Inova apresenta o talento de crianças e adolescentes que conceberam os projetos mais interessantes, úteis e curiosos pelo mundo. Esta turma de uma escola pública de Presidente Prudente (SP), por exemplo, viajou até a sede da ONU para apresentar suas ideias.
O evento da ONU do qual alunos e professores brasileiros participaram foi sobre sustentabilidade. A convenção recebeu alunos de oito escolas espalhadas por cinco países: Brasil, China, Coreia do Sul, Estados Unidos e Tunísia.
Quatro colégios estadunidenses fizeram dupla com outras quatro escolas, uma de cada país citado. Cada dupla ficou responsável por uma ou duas metas de desenvolvimento sustentável da ONU.
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Os brasileiros são da Escola Estadual Professora Maria Luiza Formozinho Ribeiro e ficaram com a meta de número três –saúde e bem-estar–, juntando-se à unidade escolar do Estado do Alabama.
O objetivo foi identificar problemas de suas localidades relacionados ao meio ambiente e traçar um plano para elaborar estratégias de combate à degradação. Além de sanar questões locais, as medidas deveriam ter a possibilidade de replicação nos quatro cantos do planeta.
Eles apresentaram o projeto Reciclart, um espaço virtual para divulgar o trabalho de artesãos que atuam com lixo reciclável. Eles participaram de um intercâmbio cultural virtual realizado na Iveca, uma ONG vinculada às Nações Unidas.
“A ideia inicial, ao criar o Reciclart, é sensibilizar as pessoas”, disse o professor de física Rafael Nunes do Val, um dos orientadores do projeto. “A ideia secundária é possibilitar um espaço para que os artesãos possam vender seus trabalhos criados a partir da coleta seletiva do lixo e, assim, melhorarem suas rendas.”
Os alunos também tiveram a orientação da professora Renata Orosco, que leciona inglês. O grupo trabalhou intensamente, com reuniões periódicas. Os estudantes chegaram até a abdicar das férias escolares.
A apresentação aconteceu no último dia 5 de fevereiro e Nunes relatou a ansiedade do momento. “Os alunos ficaram no espaço reservado aos palestrantes e mandaram muito bem em seu discurso. Aos professores, restou a torcida na primeira fileira da plateia, ao lado dos embaixadores.”
“Nunca eu imaginaria que uma professora do interior do interior de São Paulo, numa escola que não é a maior de Presidente Prudente, mas que faz a diferença dentro da nossa diretoria de ensino, pudesse ter a oportunidade de pisar dentro do prédio da ONU com seus alunos”, desabafou Orosco. “Só isso já seria um grande privilégio. Agora, poder falar e ser ouvida por autoridades, falar de algo que trabalhamos duro, foi importante, pois representamos uma nação. É muita coisa! Nós ficamos maravilhados”, completou a professora.
Com informações da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo