Ex-arcebispo Desmond Tutu defende suicídio assistido

07/10/2016 00:00 / Atualizado em 02/05/2019 20:03

No dia em que comemorou seus 85 anos,  o prêmio Nobel da Paz e ex-arcebispo sul-africano, Desmond Tutu defendeu o direito ao suicídio assistido, para ele e para outras pessoas no fim de suas vidas. As afirmações são contrárias à própria Igreja Católica, que condena publica e duramente a eutanásia.

Esta não é a primeira vez que Desmond Tutu se diz ser favorável ao suicídio assistido
Esta não é a primeira vez que Desmond Tutu se diz ser favorável ao suicídio assistido

“Eu me preparei para a morte e disse claramente que não queria que me mantivessem vivo a qualquer preço”, escreveu Tutu em artigo publicado nesta sexta-feira o jornal americano “Washington Post”.

No texto, o arcebispo emérito da Cidade do Cabo também afirma que, quando a sua hora chegar, ele espera “ser tratado com compaixão e ter permissão para passar à próxima fase da jornada da vida da maneira como ele escolher”.

Esta não é a primeira vez que Desmond Tutu se diz ser favorável ao suicídio assistido. Há cerca de dois, ele já havia se posicionado em um artigo publicado no jornal britânico “The Guardian”, no qual denunciou a obstinação em manter vivo o seu amigo e ex-presidente Nelson Mandela, morto em 2013, aos 95 anos.

A África do Sul não tem uma legislação sobre o assunto. No ano passado, a Justiça conferiu o direito de morrer a um homem com uma doença terminal.

O arcebispo emérito da Cidade do Cabo foi hospitalizado duas vezes nas últimas semanas por uma infecção recorrente ligada a um tratamento contra o câncer de próstata que sofre há 20 anos.

Com informações da agência France Presse