Facebook cria tecnologia para cegos ‘lerem’ fotos
A rede social criada por Mark Zuckerberg tem mais de 1,5 bilhão de usuários, mas era criticada por não ser inclusiva, dada a quantidade de imagens que são postadas e que são impossíveis de ser compreendidas por quem tem deficiência visual. Mas isso está mudando.
Há três meses, o Facebook contratou Matt King, o primeiro engenheiro cego da empresa. Nesta semana, King deu uma entrevista ao site TechCrunch em que ele anunciou que a rede vai se tornar mais acessível.
- Estudo aponta relação do autismo com cordão umbilical
- Onde explorar a riquíssima gastronomia portuguesa em Lisboa?
- Mais do que tempero, alecrim é eficiente para memória e muito mais
- Autismo: saiba motivo que leva ao aumento expressivo de casos da doença
Está sendo desenvolvida uma tecnologia que “lê” as imagens e faz um reconhecimento de objetos presentes nas fotos a partir de inteligência artificial, indicando, por exemplo, se tem um cachorro, uma árvore, uma pessoa.
Não é exatamente uma descrição rica em detalhes, mas ao menos dá uma ideia do que a pessoa postou e, o que importa no Facebook, os motivos dos colegas estarem comentando e compartilhando a tal foto.
Hoje, quem é cego ou tem baixa visão e usa a rede consegue ter alguma interação a partir de leitores de tela, mas fica por fora de boa parte do que ocorre em sua timeline porque esses leitores não reconhecem as fotos.
King dá uma boa explicação de como é a situação é desagradável: “Você só pensa o quanto que seu feed de notícias é visual – e é, provavelmente, a maior parte dele – e que muitas vezes as pessoas vão fazer um comentário sobre uma foto ou vão dizer algo sobre isso, mas eles não vão realmente falar o que está na foto”, afirmou King ao TechCrunch. “Então, para alguém como eu, é algo assim: ‘OK, o que está acontecendo aqui? Qual é a discussão?’”
King ressalta que é apenas um começo, mas que já fará uma grande diferença. “É um salto enorme e só vai melhorar a partir de agora”, disse King. “É uma maneira de dar dignidade a todas as pessoas com deficiência do mundo.”
Por QSocial