Filme mostra que combate ao câncer infantojuvenil começa em casa

Cinquenta crianças foram convocadas para o que seria o casting de um comercial publicitário. Em uma salinha reservada, respondiam, ao lado dos pais, a perguntas de um “diretor de cena”: “Quando você acorda cedo, está bem disposta ou cansada?”; “Já aconteceu de levantar enjoada, com dor de cabeça ou vontade de vomitar?”

Brincando de cócegas, o oncologista pediátrico Lisandro Ribeiro examina uma criança

Prosseguindo o teste, ele revelou que parte das filmagens seria em uma praia. E perguntou: “Tem manchinhas no seu corpo?” Depois, adiantou que num momento do comercial haveria um “ataque de cócegas”. E pediu a permissão a cada uma delas para ver como reagiam ao seu toque, tanto atrás das orelhas como embaixo dos braços.

O que tanto pais e filhos não sabiam é que Lisandro Ribeiro não era um publicitário, mas sim um oncologista pediátrico. E que as perguntas que ele fez, na verdade, poderiam salvar a vida de milhões de crianças se os adultos conhecessem os principais sintomas do câncer infanto-juvenil e procurassem, ao primeiro sinal, um médico.

“A mensagem principal da campanha é chamar a atenção não apenas dos pais, mas de todas as pessoas que fazem parte da vida de uma criança ou adolescente, como educadores e avós”, diz Cláudio Lima, VP nacional de criação da Ogilvy Brasil, que criou a ação para o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantojuvenil, comemorado hoje.

Quanto mais cedo o câncer é diagnosticado e tratado, maiores as chances de cura, alerta a Confederação Nacional de Instituições de Apoio e Assistência à Criança e ao Adolescente com Câncer. “Detectado precocemente, ela é de 70%”, disse o oncologista pediátrico aos pais, que não contiveram as lágrimas ao saber que seus filhos passaram no teste.

Por QSocial