Galinha auxilia no tratamento de pacientes com paralisia cerebral
A pet terapia, além de incentivar o tratamento, acelera a reabilitação
Dar um estímulo a mais para os pacientes. Este é o objetivo da Terapia Assistida por Animais (TAA), conhecida também com pet terapia, atividade em que o animal atua como co-terapeuta.
A prática, que teve origem na Inglaterra, em 1792, em um centro de tratamento de pessoas com transtornos mentais, ainda é pouco difundida no mundo.
No Brasil, a primeira experiência foi no início da década de 1950 com pacientes esquizofrênicos. Muito comum a pet terapia é realizada com cães, que com o auxílio de voluntários, levam esses animais a instituições para desenvolver atividades assistidas, com a finalidade de melhorar a qualidade de vida das pessoas em geral.
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Em Curitiba, o Cerne (Centro de Excelência em Recuperação Neurológica), desenvolve esse tipo de tratamento há um ano.
Além dos já conhecidos terapeutas cães e cavalos, a pet terapia utiliza outros animais menos convencionais. No caso no Cerne, é uma galinha –a Laila.
“Um dia, um paciente deficiente visual, queria entender como uma galinha andava, foi aí que trouxemos a Laila. A princípio pode até parecer esquisito, mas hoje ela faz o maior sucesso na clínica”, conta Manuella Balliana Maciel, psicóloga responsável pelo projeto no centro.
A Laila deu tão certo e fez tanto sucesso, que acabou sendo adotada pelo centro de recuperação, e continua auxiliando no tratamento dos pacientes de maneira muito positiva. “Ela é uma galinha bem especial, tem um comportamento bem tranquilo, amigável, parecido com o do cão. E para os pacientes que tem medo de cães, nós usamos a Laila, para adaptação”, diz Manuella.
O objetivo da clínica é oferecer uma recuperação voltada à humanização, facilitando a inserção dos pacientes na sociedade.
Além do animal e da psicóloga, a Terapia Assistida por Animais é executada com o apoio de um fisioterapeuta ou terapeuta ocupacional para facilitar e deixar o trabalho mais leve. Geralmente a galinha Laila participa durante 30 minutos da sessão, que pode ser realizada quantas vezes quiser, não há limite.