Grátis, exposição ‘A Faca e a Rosa’ retrata catadores

Entre a tensão e a alegria do trabalho difícil dos catadores de resíduos, surgem rostos, que quase sempre passam despercebidos.

A exposição “A Faca e a Rosa”, que pode ser vista no aeroporto de Congonhas, em São Paulo (SP), destaca esses rostos e tem como objetivo “sensibilizar as pessoas sobre a existência dos catadores, sua importância no desenvolvimento da reciclagem e também chamar a atenção para o descarte correto de lixo eletrônico”, afirma Ana Maria Luz, presidente do Instituto GEA.

Segundo estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica aplicada) de 2013, eles são muitos: 400 mil catadores em todo o Brasil.

Descontração na pausa do trabalho em cooperativa de resíduos; exposição “A Faca e a Rosa”[/img]

O fotógrafo fez, então, um trabalho de aproximação. Passou dias nos galpões, apenas acompanhando o dia a dia das cooperativas. “Gradativamente, dei a eles uma ideia do que eu pretendia, e o ambiente ficou mais relaxado. O aspecto principal do meu trabalho era esse: resgatar a humanidade que existe em cada um. Seus gestos e suas atitudes escondidas atrás de montanhas de resíduos e roupas sujas.”

Luz, do Instituto GEA, lembra que a atuação do catador é fundamental para o ambiente urbano. “A maior parte dos índices de reciclagem no Brasil deve-se a esse trabalho duro e anônimo. Nosso trabalho, no GEA, é capacitá-los para que as cooperativas se tornem, cada vez mais, empreendimentos profissionalizados e rentáveis.”

Além da mostra, o aeroporto de Congonhas traz outra novidade: o primeiro ponto de coleta de resíduos eletrônicos aberto à população, cujos beneficiários são as cooperativas treinadas pelo GEA e pelo LASSU – Laboratório de Sustentabilidade da USP.

A exposição foi organizada pelo Instituto GEA, numa ação incluída no Projeto Eco Eletro 2, financiado pela Petrobras.


Exposição “A Faca e a Rosa”
Onde: saguão principal do aeroporto de Congonhas (São Paulo)
Quanto: gratuita
Quando: até domingo, dia 8

Por QSocial