A metodologia para empreender por meio do autoconhecimento

Uma escola de empreendedorismo pirata. Essa é a ideia do Estaleiro Liberdade, um projeto que nasceu em 2012, em Porto Alegre, e atracou o barco em São Paulo em março desse ano.

A partir da vontade de participar de um espaço de troca e reconhecimento do outro para conhecer mais a si mesmo, em que pudessem aprender sem ensinar, os empreendedores Daniel Larusso, 28, Felipe Amaral, 28, e Felipe Cabral, 30, criaram uma metodologia onde o empreendedorismo se desenvolve por meio do autoconhecimento.

“A jornada tem como objetivo reconectar pessoas aos seus sonhos e permitir realizá-los em espaços de livre interação social”, explica Larusso. “Enxergamos no conceito de empreendedorismo não somente a criação de uma empresa ou um projeto mas, sim, a capacidade de fazer acontecer aquilo que deseja.”

Cada integrante é considerado um marujo e os facilitadores são piratas que auxiliam a tripulação no processo de aprendizagem e desenvolvimento que foi dividido em quatro estágios: ‘self seeker’, ‘project designer’, ‘own art maker’ e ‘community building’.

Na primeira parte a ideia é ter conhecimento dos próprios talentos e paixões por meio de encontros semanais e conversas. Depois a tarefa é ganhar uma visão sistêmica, desenhar o sonho e criar estratégias de ação. Na terceira fase é hora de fazer acontecer e colocar a ideia em prática. Por fim, é preciso entregar valor ao mundo e construir relações a partir da convivência e senso de comunidade.

No momento, há três tripulações intermitentes acontecendo atualmente em Porto Alegre e São Paulo. Cada grupo teve data de início para se integrar mas não tem data de término.  Mas os piratas continuam à procura de quem tem uma, muitas ou nenhuma ideia do que fazer.

“Queremos jovens de espírito de qualquer idade. Buscamos pessoas que sonham e querem realizar. Pessoas que querem ser livres e traçar sua própria jornada”, diz Lella Sá-Pipatpan, 26, uma das facilitadoras do Estaleiro.