Horas na biblioteca revertem em livros para comunidade carente

Até o dia 5 de dezembro, cada hora investida em uma biblioteca vale R$ 1 para a compra de um livro para um projeto social.

A proposta da Olimpíada Solidária de Estudo, que é realizada mundialmente, é incentivar o hábito de estudo e leitura e, por meio da doação dos recursos obtidos, proporcionar que mais pessoas tenham acesso a obras.

Assim que a pessoa entra em uma das 50 bibliotecas de sete Estados (Ceará, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo) e do Distrito Federal cadastradas na atividade, recebe um papel que simboliza a nota de R$ 1. É anotada a hora de entrada e saída. Depois, essas horas são computadas e lançadas no site da olimpíada.

Estão cadastradas as bibliotecas universitárias, como as da USP (Universidade de São Paulo), da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), da UNESP (Universidade Estadual Paulista) e da UEL (Universidade Estadual de Londrina). Bibliotecas públicas e privadas, como a do CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), no Rio de Janeiro, e a Biblioteca Pública Municipal Professor Lima Botelho, no Ceará, também participam. A lista completa está no site.

O projeto brasileiro escolhido neste ano para receber o recurso –e revertê-lo em livros– é o Lajão, na comunidade dos Tabajaras, no Rio de Janeiro. Por meio de aulas de dança, futebol e teatro, ele beneficiou 100 crianças desde 2004. Agora, terá também uma biblioteca, com os livros doados pela olimpíada.

As obras serão entregues durante uma festa, que terá a presença de contadores de histórias. “Esperamos alcançar 5.000 livros”, afirma Andrea Gomides, 45 anos, diretora do Instituto Ekloos. Ela explica que os participantes da olimpíada também ganham. “A maior parte aumenta a frequência de visitas à biblioteca”, destaca.

A Punto, importadora de metais, e a Secretaria Municipal de Cultura da Prefeitura do Rio de Janeiro, por meio do Programa de Fomento à Cultura Carioca, patrocinam a atividade e vão fazer a troca dos papéis pelo valor correspondente.

A estimativa do Instituto Ekloos, que organiza o evento no país, é que cerca de 10 mil pessoas participem.

Além do Brasil, participam Espanha, Bélgica, França, Equador, México, Croácia, República Democrática do Congo, Burundi, Chile, Haiti, Costa do Marfim e Portugal. Estima-se que sejam acumuladas 650 mil horas de estudos nas 450 bibliotecas cadastradas em todo o mundo.

Por QSocial