Idosa faz 19 tatuagens e diz que o importante é ser feliz   

Aos 69 anos, depois de ter ficado viúva de um militar, Marieta de Souza Medeiros desenterrou um sonho que estava esquecido: tatuar o corpo. “Quando gostamos de algo, não tem idade para fazer”, diz a dona de casa, que mora no Rio Grande do Norte.

A primeira foi uma estrela de Davi. “Foi tranquilo. Dói um pouco, mas meus dois filhos foram de parto normal, sei bem o que é dor”, compara, brincando. Nos últimos dois anos, ela já fez 19 tatuagens, a última delas no dia 2.

A maioria dos desenhos, diz, são homenagens a familiares, como as iniciais dos dois filhos e oito andorinhas representando os netos, e imagens religiosas, como um terço, uma medalha de São Bento, um anjo da guarda, o rosto de Jesus e a frase “Livrai-me do mal, amém”.

Também houve um espaço para o clube do coração, o Botafogo (RJ), e outros símbolos que marcaram etapas da vida, como o falecimento de uma amiga, que ganhou uma lua nova. “Por meio do desenho gosto de homenagear pessoas e ter isso no meu corpo. O fato de ser católica influencia os símbolos religiosos”, explica.

As próximas serão três estrelas em homenagem aos cachorros que ela, por impulso, doou após os vizinhos reclamarem dos latidos. Na família, as tatuagens dividem opiniões. “Minha filha pega no meu pé, diz que é ridículo. Meu filho é mais tranquilo, até coloca nas redes sociais.”

Aos 72 anos, Marieta afirma não ligar para julgamentos. “Sou dona de mim e quem paga sou eu. Temos que fazer o que gostamos. O negócio é ser feliz.”

Por QSocial

*Este texto faz parte do projeto Geração Experiência, que tem como objetivo mostrar histórias de pessoas com mais de 60 anos que são inspiração para outras de qualquer idade.