Ignorados, refugiados na Austrália contam histórias no Twitter
Os centros de refugiados da Austrália têm sido uma operação secreta e cuidadosamente guardada. Para aqueles que permanecem neles, os smartphones e as mídias sociais têm sido a principal maneira de contar histórias sobre sua situação, já que os governantes permanecem reticentes em quem é responsável por eles.
A situação ocorreu com o encerramento do Centro de Processamento Regional da ilha Manus, no fim de outubro. Muitos dos mais de 400 requerentes de asilo do local se recusaram a sair para um novo centro.
Com a mídia ainda restrita ali, o Twitter se encheu de atualizações de refugiados que estavam dentro do centro, especialmente do refugiado curdo e jornalista Behrouz Boochani. A polícia e o serviço de imigração tentavam remover os refugiados restantes do complexo.
— Walid Zazai (@ZazaiWalid) 22 de novembro de 2017
Manus prison camp today pic.twitter.com/8LicQnNYo6
— Behrouz Boochani (@BehrouzBoochani) 24 de novembro de 2017
So many police mobile squad and immigration officers came inside the prison camp. They are shouting at us to leave the prison camp. Some of the refugees are gathering in Delta compound and some are on the roof.
— Behrouz Boochani (@BehrouzBoochani) 22 de novembro de 2017
Outros refugiados do centro também foram ao Twitter para dizer ao mundo o que estava acontecendo, incluindo Abdul Aziz Adam, Hass Hassaballa, Ezatullah Kakar, Walid Zazai e Ghulam Mustafa.
Fotos e vídeos mostravam um cenário preocupante. Grande parte dos relatos da mídia citavam os perfis sociais dessas pessoas, que usaram telefones contrabandeados e créditos doados para noticiar em primeira mão o que acontecia.
Uma instituição de caridade voluntária chamada Gifts for Manus e Nauru ajudou com o envio do crédito de telefone para os refugiados.
Por fim, eles foram transferidos para um novo centro em East Lorengau, uma mudança saudada pelo ministro australiano de Imigração e Proteção das Fronteiras, Peter Dutton.
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