Influenciadores digitais combatem notícias falsas sobre o câncer

23/08/2018 00:00 / Atualizado em 02/05/2019 20:23

Você já deve ter recebido em algum grupo do qual participa alguma fórmula mágica para combater o câncer. Pois esse parece ser um assunto de interesse de quem se empenha em espalhar informações falsas pelas redes sociais. Na tentativa de combater essas “fake news”, um projeto da ONG Instituto Oncoguia decidiu formar uma rede de “causadores”.

Influenciadores digitais combatem notícias falsas sobre o câncer; na foto, Sonia Niara
Influenciadores digitais combatem notícias falsas sobre o câncer; na foto, Sonia Niara

A ideia é obter a ajuda de pacientes que se tornaram grandes influenciadores das redes sociais com suas postagens, de acordo com informações do jornal “Folha de S.Paulo”.

“A gente sabe que a circulação dessas mensagens é rápida”, diz Maria Paula Bandeira, 31, “ativista” que é uma das participantes do projeto. “E quem as envia geralmente é algum amigo ou parente –por que essa pessoa iria sabidamente me mandar uma informação mentirosa?”

Influenciadores digitais combatem notícias falsas sobre o câncer; na foto, Sonia Niara
Influenciadores digitais combatem notícias falsas sobre o câncer; na foto, Sonia Niara

A ONG espera que os colaboradores sigam uma cartilha de boas práticas na divulgação de conteúdo sobre câncer. Algumas diretrizes são: não divulgar conteúdo de origem sensacionalista, não dar orientações que cabem a profissionais de saúde e priorizar a informação baseada em evidências científicas.

“Com a rede [de causadores], podemos trocar informações para que tenhamos certeza do que estamos divulgando. Geralmente eu digo para a pessoa procurar o médico para tirar as dúvidas dela, mas a gente sabe que muita gente não tem esse acesso imediato, o que torna nossa atuação ainda mais relevante”, explica Bandeira, cujo canal tem quase 20 mil seguidores.

Sonia Niara, 27, é outra paciente que resolveu compartilhar sua rotina em vídeos no YouTube e publicações em um blog e que resolveu participar do projeto. Um de seus textos obteve mais de 100 mil acessos, em mais de 30 países. “Por causa desse papel de influenciadora sei que não posso só falar por mim. Tenho que pesquisar minhas fontes, levar a sério o que eu faço –virou uma causa.”

Leia a reportagem completa na Folha de S.Paulo