Jangadeiros de Porto de Galinhas ajudam a preservar manguezal
Do amanhecer ao pôr do sol, dezenas de jangadas deslizam no rio Maracaípe, em Porto de Galinhas, distrito pernambucano de Ipojuca, conduzindo turistas até o ponto de encontro entre a água doce e o mar do litoral sul pernambucano.
Verdadeiro berçário de cavalos-marinhos, a região ocupa uma área de pouco mais de 15 hectares de manguezal e, desde 2017, transformou-se em um Parque Natural Municipal, por decreto municipal.
O trabalho de conservação e preservação deste paraíso pernambucano tem uma forte atuação dos jangadeiros. Os membros da AJPM (Associação dos Jangadeiros do Pontal de Maracaípe), que ordena os passeios pelo ecossistema local, ajudam na coleta do lixo e no reflorestamento do manguezal.
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“Em determinados dias, chegamos a retirar mais de 3,5 kg de plásticos e latinhas”, conta José Vanderley da Silva Marques, presidente da entidade criada a mais de 20 anos.
Outro desafio da associação é conter a devastação da cobertura vegetal, formada por raízes externas de plantas e árvores como coqueiros, cajueiros, mangabeiras e pitangueiras.
“Nos últimos oito anos, conseguimos reflorestar o equivalente a 1,5 milhão de metros quadrados”, calcula Vanderley.
Conscientização
No dia a dia, os jangadeiros também se empenham em conscientizar os mais de 300 turistas que passam pela região diariamente.
O passeio de jangada dura em média 40 minutos. O roteiro permite identificar ainda crustáceos que habitam o manguezal, como ostras, caranguejos, siris, guaiamuns e aratus, e que servem de alimento para a comunidade local.
Cerca de 50 famílias vivem da renda gerada pelos passeios de jangada em Porto de Galinhas.
Movimento Sou Responsável
Essa história faz parte da série para o movimento Sou Responsável, cuja meta é estimular o protagonismo dos brasileiros. Nesta eleição, oCatraca Livre e o Instituto SEB de Educação decidiram apoiar essa campanha para ajudar o brasileiro a ser parte das soluções, e não do problema.