Jornalista usa mídias sociais para contar histórias que transformam

“Quanto mais entendermos uns aos outros mais aptos estaremos a ajudar”. Essa é a definição de Aaron Britt sobre como a arte de contar histórias pode melhorar a vida das pessoas. O jornalista editor do IDEO.org, agência de serviços e consultoria em mídias sociais, esteve no Brasil para participar do 3º Seminário Social Good Brasil, evento que reuniu diversos especialistas no começo do mê,s em Florianópolis, para discutir qual o papel da tecnologia dentro da transformação social.

Em entrevista por e-mail para o Quem Inova, Aaron explicou como utiliza o storytelling, um tipo de estratégia editorial que dissemina o design centrado no humano através das mídias sociais, para inspirar as pessoas a fazerem as mudanças necessárias em prol do bem estar social. “Eu acho que as grandes histórias nos ajuda a construir empatia. No IDEO.org a nossa abordagem para lidar com os problemas sociais começa com a construção de uma profunda empatia e compreensão para com as pessoas que estamos procurando servir”, conta. “A ajuda que podemos oferecer se adequa muito melhor as necessidade quando incluímos todos desde o início do processo.”

O jornalista Aaron Britt, editor do IDEO.org, agência de serviços e consultoria em mídias sociai

Para o jornalista, ao utilizar narrativas como meios de inspiração é muito importante adaptar a história para o tipo de mídia em que ela vai aparecer. “Se você tem um longo texto não deve compartilhá-lo no Facebook. Se tem uma fantástica história humanizada deve encontrar uma forma de contá-la em vídeo. Dados e estatísticas precisam de uma visualização que cause impacto”, explica. “Quando você está determinando qual formato a história vai tomar, primeiro pergunte a si mesmo: o que este formato realmente tem de bom?”

Sobre quais histórias realmente são importantes contar, Aaron dá a dica: “para mim o mais importante é que história me diga o que aconteceu e porque eu deveria me importar. Qual é o grande ‘insight’? Como isso torna a minha vida melhor? Mostre-me algo que me espante”.

Para o jornalista, histórias pessoais constituem a forma mais eficaz de contar uma narrativa social ou política. “Também é preciso considerar que temos que tentar apelar para pessoas em níveis variados. Alguns gostam de ler, outros de vídeos curtos. Há ainda os que precisam de fotos grandes e os que apreciam projetos gráficos sofisticados para se sentir atraído.”