Jovem cria pulseira que ajuda cegos e entra para lista do MIT dos mais inovadores

Aos 25 anos, Marco Trujillo transformou um projeto acadêmico do curso de engenharia em uma startup, a Sunu, e foi apontado pela publicação americana MIT Technology Review como um dos dez principais inovadores do México com menos de 35 anos.

O empreendedor Marco Trujillo, com a pulseira inteligente que criou

A pulseira inteligente Sunu Band registra o entorno do usuário a partir de ondas de ultrassom e transmite por vibrações a presença de obstáculos, orientando a pessoa sobre seu trajeto.

Foi num teste com crianças cegas que o então projeto de pesquisa universitária se transformou num negócio.

Ao ver que os filhos foram capazes de superar várias provas, como sair de um labirinto, sozinhos, os pais de alguns dos garotos resolveram investir no projeto e convencer o jovem a tirá-lo do papel.

A pulseira Sunu Band, que ajuda cegos a se orientar durante uma caminhada

Trujillo aceitou o desafio, deu uma pausa na universidade e abriu uma startup para aperfeiçoar a pulseira e viabilizar sua produção. Quase quatro anos depois, o produto está pronto para ir para o mercado, com custo previsto de 199 dólares (cerca de R$ 700).

A facilidade do dispositivo chamou a atenção dos pais-investidores. “Nos testes realizados, constatamos que a curva de aprendizagem é mais curta do que a das bengalas”, afirma o empreendedor.

E ele explica com detalhes: a pulseira é usada na mão oposta à usada pela bengala-guia. A partir de movimentos suaves do braço, é possível direcionar o ultrassom, como se fosse uma lanterna.

O dispositivo então avalia o entorno, a partir de amostras de eco 30 vezes por segundo, produz uma vibração de maior ou menor intensidade, dependendo da distância do objeto que o produziu. Assim, o cego pode interpretar as vibrações e desviar dos obstáculos ao seu redor.

Por QSocial