Jovem de SP troca festa de 15 anos por viagem humanitária
Ação é considerada exemplar pelo movimento Sou Responsável, campanha sem partidos, candidatos ou ideologia apoiada pelo Catraca Livre e pelo Instituto SEB de Educação
A paulista Bianca Torres, de Jundiaí (SP), trocou sua festa de 15 anos por uma viagem humanitária a Angola, na África. Ela também sugeriu a criação de uma biblioteca em um assentamento local e, agora, arrecada livros em prol da campanha.
Essa história faz parte da série para o movimento Sou Responsável, cuja meta é estimular o protagonismo dos brasileiros. Em pleno ano eleitoral, o Catraca Livre e o Instituto SEB de Educação decidiram apoiar essa campanha para ajudar o brasileiro a também ser parte das soluções, e não do problema.
Bianca passou oito dias deste ano em dois assentamentos para refugiados no país, de acordo com informações do site G1. A ideia da viagem surgiu na escola, durante aulas de geopolítica.
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Ela se sensibilizou com a realidade dos refugiados. “Eu vi que, em vários países, o Produto Interno Bruto [PIB] per capita era mais ou menos 300 dólares e pensei: ‘Como uma pessoa pode ter isso em um ano, sendo que eu ia gastar muito mais que isso em uma noite?’”, questionou-se. “Não era justo.”
Com o apoio da mãe, Jessica Alvarez Castro, a jovem doou parte do dinheiro para duas ONGs. A outra parte foi usada na viagem. “Sem ela saber, eu entrei em contato com um amigo que trabalha na Agência da ONU para Refugiados [ACNUR] em Angola e ele convidou ela para ir até lá”, explicou a mãe.
A adolescente foi para Angola em novembro do ano passado na companhia do pai, Demetrius Valdevino Torres. Eles partiram para o assentamento de Lovua, que recebe refugiados do Congo. Também acompanharam a rotina no assentamento de Kakanda.
Bianca levou livros para ler para os pequenos. “Quando as crianças viram os livros, elas ficaram muito felizes, queriam tocar”, conta a menina. “Mas eram muitas delas e não dava para atender todo mundo.” Vivendo em Angola –país de língua portuguesa–, os congoleses precisam aprender a nova forma de falar. “Os congoleses falam dialeto africano e francês, então eles têm que ser alfabetizados, por isso ela levou os livros.”
A menina deixou as obras para que os professores pudessem usar durante as aulas. “Nós conversamos sobre como seria legal se houvesse livros para as crianças e então surgiu a ideia da biblioteca”, diz Bianca. Conforme a família, vários amigos e conhecidos se sensibilizaram com a história e estão ajudando com a arrecadação.
Leia a reportagem completa no G1