Jovens transformam restos de tecido em negócio inovador
Preocupados com o ambiente, quatro jovens se uniram para mudar o destino dos tecidos descartados pela indústria têxtil. Depois de perceber uma lacuna no mercado — o que fazer com tanto tecido que não será usado? — eles criaram a Retalhar.
A empresa é inovadora pois transforma os tecidos descartados em novos produtos, como capas para notebook, aventais, cobertores, bolsas multiuso. Além de cuidar da logística reversa dos resíduos têxteis, os jovens ainda ajudam no fomento de empreendimentos de costura da economia solidária.
Em 2015, a empresa teve um faturamento de R$ 250 mil, 150% maior do que em 2014, quando faturou R$ 100 mil. Isso mostra que o negócio tem futuro. Os sócios, o biólogo marinho Lucas Corvacho, de 28 anos, e o gestor ambiental Jonas Lessa, de 25 anos, junto com os assistentes Juliana Vilas Boas e Leonardo Carvalho, ainda estão estruturando o negócio e contam com mentores e investidores para ajudá-los.
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No Brasil, por lei, os uniformes precisam ter uma destinação ambientalmente sustentável e não podem ser jogados no lixo. Neste ano, a empresa espera recolher 15 toneladas de tecidos, quase três vezes mais do que no ano passado.
Para continuar se destacando, cuidando do ambiente e ainda lucrando com isso, a Retalhar agora precisa se diferenciar no design dos produtos. Seria bem interessante se eles se unissem a artesãos que fazem trabalhos manuais com tecido ou, quem sabe até, com designers de moda, que criam peças de roupa a partir de retalhos. O futuro e seus desafios chegaram. Estamos torcendo por mais iniciativas como essa.
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