LED é usada para tratar lesão que causa câncer de colo do útero

Pesquisadores da Universidade de São Paulo estão tratando de forma não invasiva lesões causada pela infecção do vírus HPV, que causam o câncer de colo do útero, uma das doenças que mais mata mulheres no mundo. Através da terapia fotodinâmica, na qual é utilizado um creme e um sistema portátil que integra duas ponteiras com LED’s –uma emitindo no azul e outra no vermelho–, eles estão acompanhando 70 pacientes.

Ilustração: Janulla/iStock

A pesquisadora Natália Inada, que integra o time liderado pelo professor Vanderlei Bagnato, do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos, diz que a técnica é inovadora porque trata as lesões de forma não invasiva, preservando o colo do útero das pacientes. Além disso, segundo ela, basta uma sessão para que a paciente seja tratada no ambulatório sem anestesia e dor.

Na técnica convencional, sendo diagnosticado neoplasia de alto grau, é realizado um procedimento cirúrgico, em que, geralmente, mais de 2 centímetros de profundidade e 3 cm de extensão do colo do útero são removidos. Os efeitos colaterais comumente incluem hemorragia e, por vezes, o estreitamento do colo do útero. “Isso pode diminuir a fertilidade”, explica Natália.

De acordo com a pesquisadora, o creme já foi testado em mais de 600 pacientes com câncer de pele (ou de útero?) no Hospital Amaral Carvalho, em Jaú, estando em fase de aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que deverá emitir ainda neste ano a aprovação para que uma indústria farmacêutica brasileira possa produzir e comercializar o medicamento no Brasil.

Por QSocial, com informações da Agência USP de Notícias