Lixo da Copa coloca ‘jeitinho japonês’ contra porcalhões
O lixo produzido em dias de jogos virou um dos temas de grande repercussão desta Copa. Seja o caso positivo dos torcedores do Japão, que chamaram a atenção de todo o mundo ao recolher a sujeira feita no estádio, seja o caso da Vila Madalena, em São Paulo, (mas não só lá) em que eles deixam seus rastros pelas ruas.
Duas iniciativas de empresas aproveitaram o gancho da Copa para tentar transformar os porcalhões em “japoneses” e ampliar a coleta de recicláveis: a Pare & Separe, do Pão de Açúcar e da Unilever, e os polos de reciclagem, da Coca-Cola.
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A primeira é voltada para a sujeira das ruas: uma perua transformada em estação móvel de reciclagem circula por ruas de alta concentração durante dias de jogos em São Paulo, Rio de Janeiro e Fortaleza. O veículo recebe material reciclável e distribui informativos sobre o tema. Quem participar da ação _além de manter as ruas mais limpas_ ganha uma maquiagem para torcer pela seleção.
Nesta segunda-feira, dia de jogo do Brasil, por exemplo, a perua estará na Vila Madalena (SP), em Ipanema (Rio) e no Centro de Fortaleza (confira o cronograma aqui). A estação móvel circula entre 11h e 20h, e todos os recicláveis arrecadados serão doados para cooperativas parceiras do programa Estação de Reciclagem Pão de Açúcar Unilever.
A outra iniciativa tem como foco as cooperativas de reciclagem. A Coca-Cola pretende inaugurar, até o final do ano, polos de reciclagem em todas as 12 cidades-sede do Mundial para otimizar o potencial desses grupos. Segundo Claudia Lorenzo, diretora de Negócios Sociais da Coca-Cola Brasil, “as unidades terão mais eficiência, possibilitando triplicar o volume reciclado e a renda dos trabalhadores, oferecendo dignidade e segurança”.
A primeira parceria foi fechada com a Prefeitura de São Paulo. A Cooperativa Polo Cooperleste recebe desde o fim de maio parte dos materiais recicláveis coletados na Arena Corinthians, onde acontece nesta segunda (23) a partida Holanda x Chile.
Todas as cooperativas polo farão parte do programa Coletivo Reciclagem, que oferece capacitação técnica, equipamentos, trabalho em rede e acesso ao mercado. “As cooperativas polo trabalharão em rede com as unidades apoiadas pelo programa Coletivo Reciclagem. Acreditamos que estamos com um modelo promissor, capaz de acelerar as potencialidades de cooperativas já existentes, aumentando a produção, a renda e a autoestima das pessoas envolvidas”, afirma Claudia.
Por QSocial