Marca social africana tocada por refugiados estreia venda em SP
A partir desta semana, roupas e itens de decoração da L’Afrikana, feitos de tecidos africanos e produzidos no Quênia por refugiados de Congo, Burundi e Ruanda, estarão à venda na capital paulista, na lojaaovivo.tv.
O trabalho se divide em duas frentes: uma é a ONG, que oferece aulas de costura gratuitas para refugiados, alimentação e atendimento psicológico para que possam lidar com traumas, já que os alunos fugiram de guerras civis em seus países.
A outra é o negócio social, que compra as peças produzidas, as comercializa e reinveste o que é arrecadado na ONG.
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Após um ano de curso, a marca social contrata os alunos como costureiros, e a ONG, como professores.
A parceria entre a brasileira Renatha Flores, 24 anos, e os congoleses Jacob Mkombozi Kininga, 42 anos, Echa Majaliwa Ekela, 46 anos, e Salongo Lakole Simbi, 55 anos, começou em 2014 e hoje atende 17 refugiados, sendo que 60% são mulheres, segundo regra da organização.
“Em 2016, nosso objetivo é fortalecer a geração de renda, seguindo orientação da ONU. Eles avaliaram que temos potencial de contratar pessoas que estão na miserabilidade. Queremos crescer como negócio social para poder impactar de verdade essas vidas”, afirma Renatha Flores, cofundadora e diretora de marketing.
“São refugiados que empoderam refugiados. Isso já faz uma diferença enorme”, afirma Renatha, que se mudou para o Quênia após um período como voluntária. “Outro ponto: usamos tecidos africanos, isso é um orgulho para eles. E todos trabalham com criatividade, o que é terapêutico.”
O próximo passo da marca social é aumentar as vendas e ampliar o alcance dos serviços prestados pela ONG, por isso a inauguração do ponto de vendas em São Paulo e o desenvolvimento da loja on-line, que será lançada em breve.
“Negócio social para a L’Afrikana não é só produzir e vender os produtos em prol dos refugiados. É os refugiados fazerem todos os artigos, vendermos as peças, gerarmos renda e tornarmos isso escalável. Quanto mais a gente vender, mais poderemos dar atendimento psicológico a refugiados até mesmo nos campos, para pessoas que não são nossas alunas.”
Por QSocial