Mata, café e pasto recuperam área de extração de bauxita

Antes de gerar diversos itens de alumínio, sua matéria-prima, a bauxita, precisa ser retirada do campo e isso afeta a natureza e a vida do agricultor da área em que a extração é feita. A Zona da Mata de Minas Gerais é rica no minério.

Extração de minério devastou áreas de Minas Gerais

Um reservatório que se estende em uma faixa de 38 km de largura e 300 km de extensão, do município de São João Nepomuceno até Manhuaçu, guarda em torno de 150 milhões de toneladas de bauxita.

Os locais de extração sofreram danos ambientais. A remuneração acima da média atrai os agricultores e faz com que eles permitam a extração nas suas propriedades. Mas é fundamental que a extração seja feita com planejamento ambiental, social e econômico. É o que já está acontecendo em Minas, segundo informações de César Dassie, do G1.

A Universidade Federal de Viçosa está acompanhando um trabalho de recuperação nas propriedades da Zona da Mata. O resultado tem dado renda para o agricultor e devolvido a floresta em áreas mineradas.

A bauxita que tinha na área de propriedade do agricultor Marcílio Pacheco foi retirada e ele recebeu o pasto todo recuperado. Segundo ele, a propriedade tem, agora, cerca de 70 cabeças de gado –e até a saúde dos animais melhorou. Suas terras passaram a valer mais: de R$ 3.000 o hectare para R$ 18 mil.

Terras de Minas Gerais são ricas em bauxita

Amostras de solo começaram a ser analisadas pela universidade em várias frentes de pesquisa. Uma delas estuda a capacidade de regeneração dos locais que foram totalmente mexidos durante o processo de extração da bauxita.

A coordenação do estudo na área florestal, por sua vez, está sob a responsabilidade de Sebastião Venâncio, que vem se impressionando com os resultados. O que nasceu no local é fruto do que já havia na camada mais superficial da terra de onde foi retirada a bauxita –o chamado solo rico.

Em uma área experimental, há o desenvolvimento do café, uma tradicional cultura na região e que é bastante exigente em nutrição. Em outro talhão, está sendo testado o cultivo do eucalipto, muito presente nas propriedades locais. A nova estrutura do solo também tem suportado espécies mais densas, originárias das florestas nativas da área.

Leia a reportagem completa no G1