Mata, café e pasto recuperam área de extração de bauxita

29/01/2018 00:00 / Atualizado em 02/05/2019 20:18

Antes de gerar diversos itens de alumínio, sua matéria-prima, a bauxita, precisa ser retirada do campo e isso afeta a natureza e a vida do agricultor da área em que a extração é feita. A Zona da Mata de Minas Gerais é rica no minério.

Extração de minério devastou áreas de Minas Gerais
Extração de minério devastou áreas de Minas Gerais

Um reservatório que se estende em uma faixa de 38 km de largura e 300 km de extensão, do município de São João Nepomuceno até Manhuaçu, guarda em torno de 150 milhões de toneladas de bauxita.

Os locais de extração sofreram danos ambientais. A remuneração acima da média atrai os agricultores e faz com que eles permitam a extração nas suas propriedades. Mas é fundamental que a extração seja feita com planejamento ambiental, social e econômico. É o que já está acontecendo em Minas, segundo informações de César Dassie, do G1.

A Universidade Federal de Viçosa está acompanhando um trabalho de recuperação nas propriedades da Zona da Mata. O resultado tem dado renda para o agricultor e devolvido a floresta em áreas mineradas.

A bauxita que tinha na área de propriedade do agricultor Marcílio Pacheco foi retirada e ele recebeu o pasto todo recuperado. Segundo ele, a propriedade tem, agora, cerca de 70 cabeças de gado –e até a saúde dos animais melhorou. Suas terras passaram a valer mais: de R$ 3.000 o hectare para R$ 18 mil.

Terras de Minas Gerais são ricas em bauxita
Terras de Minas Gerais são ricas em bauxita

Amostras de solo começaram a ser analisadas pela universidade em várias frentes de pesquisa. Uma delas estuda a capacidade de regeneração dos locais que foram totalmente mexidos durante o processo de extração da bauxita.

A coordenação do estudo na área florestal, por sua vez, está sob a responsabilidade de Sebastião Venâncio, que vem se impressionando com os resultados. O que nasceu no local é fruto do que já havia na camada mais superficial da terra de onde foi retirada a bauxita –o chamado solo rico.

Em uma área experimental, há o desenvolvimento do café, uma tradicional cultura na região e que é bastante exigente em nutrição. Em outro talhão, está sendo testado o cultivo do eucalipto, muito presente nas propriedades locais. A nova estrutura do solo também tem suportado espécies mais densas, originárias das florestas nativas da área.

Leia a reportagem completa no G1