Médico itinerante de 88 anos pode ter licença cassada nos EUA
Um médico de 88 anos de idade pode perder sua licença por atender pacientes em seu consultório itinerante.
Carrol Frazier Landrum fez de um Toyota Camry 2007 seu escritório há dois anos, depois que o local onde ficava seu antigo consultório, num complexo habitacional de baixa renda, se tornou uma área de alto risco devido a gangues.
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Sua clientela são pacientes pobres de Edward, uma pequena cidade do Estado de Mississippi, nos EUA. Lá, quem não tem como pagar um atendimento nem como ir até um consultório, já sabe: basta ligar que o dr. Landrum chega até eles. Ele é o único médico na cidade de pouco mais de mil moradores.
O atendimento é heterodoxo: pode acontecer na casa da pessoa, num estacionamento, num acostamento de uma estrada ou dentro do carro. Seja onde for, o doutor examina os pacientes, prescreve receitas e, se não puder ajudá-los com os equipamentos que mantém no carro, indica um colega que possa.
“Não é um exame físico geral, mas coisas como dores de garganta, sintomas de gripe ou erupções cutâneas. Eu sempre digo: ‘Se você não melhorar, me chame’, e então eu dou o meu número de telefone”, afirmou Landrum ao jornal “The Washington Post”.
A cada dia, ele costuma atender de três a quatro pacientes e afirma que não recruta ninguém: apenas atende quem o chama e não tem a quem recorrer.
Landrum cobra 45 dólares pela consulta e, se o paciente não tiver como pagar, ele cancela a cobrança ou deixa para outro dia.
O Conselho de Medicina local abriu uma investigação sobre sua prática da profissão, e ele pode, em breve, perder a licença de medicar, conquistada há 55 anos.
A população de Edwards discorda do conselho e criou até uma petição on-line para pedir a liberação do médico. Até esta terça-feira, tinham conseguido 9.415 assinaturas, de pessoas de vários países. O objetivo é chegar a 10 mil nomes.
“Eu faço isso porque gosto de ajudar as pessoas”, disse Landrum ao jornal local “The Clarion Ledger”. “É basicamente como um atendimento em casa, exceto por ser um estacionamento. É algo que eu gosto de fazer: ajudar as pessoas. Por isso me tornei um médico.”
Por QSocial
*Este texto faz parte do projeto Geração Experiência, que tem como objetivo mostrar histórias de pessoas com mais de 60 anos que são inspiração para outras de qualquer idade.