Múmias podem ajudar medicina na luta contra tuberculose

Depois de dois séculos, 265 corpos mumificados na Hungria, das quais 90% sofreram de tuberculose, podem ajudar a entender melhor a natureza desta doença. As múmias foram achadas em 1944 na cidade de Vác e hoje são amplamente estudados por especialistas da área.

Ao desenhar a ‘árvore da evolução’ do DNA da tuberculose, uma doença que afeta a humanidade há milhares de anos, foi demonstrado que um dos tipos teve sua origem no Império Romano.

Com a preservação dos órgãos internos das múmias, os pesquisadores conseguiram analisar o DNA das bactérias da tuberculose presentes nos corpos (Imagem: Divulgação/Revista Exame)

O estado de conservação dos corpos permitiu realizar análises exatas sobre como morreram e analisar os vestígios deixados pela doença. Além disso, os nomes dos mortos e os detalhes da causa da morte foram escritos no caixão, fornecendo uma importante pesquisa de base de dados para os pesquisadores.

Com a preservação dos órgãos internos das múmias, os pesquisadores conseguiram analisar o DNA das bactérias da tuberculose presentes nos corpos. Com isso, foi possível novas rotas de pesquisa médica.

As informações obtidas têm mais importância ainda se for levado em conta que as bactérias analisadas são de tempos anteriores ao uso dos antibióticos, ou seja, que ainda não tinham sofrido as mutações que geraram esses remédios na doença, o que torna possível compará-la com as cepas atuais.