Na Índia, presos trabalham em café em troca de salário

A superlotação, corrupção e violência no sistema penitenciário não é um problema exclusivamente do Brasil. De acordo com o relatório da King’s College London, a população carcerária mundial é de 8,6 milhões de detentos, incluindo os condenados e presos provisórios que aguardam a sentença condenatória.

Com a quinta maior população carcerária do mundo, a Índia, que está atrás apenas dos Estados Unidos, China e Rússia, criou um programa experimental em que presos trocam horas trabalhadas em um café vegetariano na capital do país, Nova Deli, por um salário.

Inaugurado em julho deste ano, o Food Court Tihar visa a mão-de-obra de presos com experiência de trabalho. A equipe é composta por uma grande variedade de criminosos, muitos dos quais, condenados a mais de 10 anos de prisão.

Somente aqueles que mantiveram uma boa conduta atrás das grades e têm menos de dois anos para cumprir a sentença, são selecionados para trabalhar no café, que serve cozinha tradicional indiana.

Os condenados são autorizados a se deslocarem para o local de trabalho a pé ou bicicleta sem a necessidade de escola policial. Ao final de cada dia eles recebem 74 rupias indianas (o equivalente a R$ 2,70) pelo trabalho.