Obituário de jornal é usado para lamentar morte de órgãos sadios

06/10/2015 00:00 / Atualizado em 07/05/2020 00:21

Numa ação publicitária inusitada, os obituários de jornais de grande circulação de Salvador receberam anúncios comunicando a morte de milhares de órgãos que poderiam ter sido doados a pacientes na fila para um transplante.

Na forma de notas de falecimento, sepultamento e convites de missa, a Associação de Pacientes Transplantados da Bahia informou a morte de 12.949 rins, 10.836 córneas, 1.448 pâncreas, 235 corações e 201 pulmões sadios neste ano.

Nos anúncios, diz que “respeita, mas lamenta pelas famílias que não autorizaram a doação desses órgãos” para que milhares de pacientes da fila de transplantes “tivessem suas vidas salvas”.

De acordo com a Lei 10.211, “a retirada de tecidos, órgãos e partes do corpo de pessoas falecidas para transplantes dependerá da autorização do cônjuge ou parente, firmado em documento subscrito por duas testemunhas presentes à verificação da morte”.

Por QSocial