Pequi em cápsula pode combater envelhecimento e inflamações
A cor amarela do caroço do pequi, de onde a polpa cremosa é raspada, indica que o fruto é rico em betacarotenos, agentes antioxidantes capazes de combater radicais livres, prevenindo o envelhecimento precoce. Já o cheiro adocicado mostra que o alimento é rico em frutose, o açúcar bom das frutas.
“Além disso, o óleo do pequi é chamado Ômega 9 e combate o colesterol ruim no sangue. Tem funções boas para o aparelho cardiovascular”, explica o biólogo César Grisólia, pesquisador da UnB (Universidade de Brasília), que estuda o fruto há 18 anos.
Fruto típico do cerrado, o pequi é um alimento tradicional na culinária mineira e goiana, mas divide opiniões pelo cheiro e gosto fortes, o que também dificulta que seja ingerido diariamente.
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Os benefícios do fruto são tantos que o pesquisador –com a contribuição de alunos da graduação e da pós-graduação da UnB –desenvolveu técnicas para transformar a polpa em cápsulas gelatinosas que conservam os nutrientes e devem ser ingeridas diariamente.
Pesquisas mostram que o pequi tem propriedades anti-inflamatória e é especialmente funcional para pacientes de lupus e diabetes, além de ajudar no combate à pressão alta e ser indicado para atletas.
A recomendação são duas cápsulas por dia, sem contraindicação. O produto foi registrado na Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) como nutracêutico, ou seja, uma substância de origem natural que melhora as funções orgânicas, como a renal e a cardíaca.
O pesquisador disse estar satisfeito pelas cápsulas de pequi chegarem aos consumidores após anos de estudo sobre o fruto. “É dificílimo levar a pesquisa ao mercado. A burocracia é pesada, mata a gente”, destacou.
A UnB firmou um acordo com a Farmacotécnica RTK para comercializar as cápsulas, que estarão no mercado a partir de 14 de abril.
Via Agência Brasil