Pesquisa relaciona formol usado em cadáveres ao risco de ELA

Uma pesquisa publicada no ‘Journal of Neurology Neurosery & Psychiatry’ sugere que os funcionários de funerárias que preparam corpos para o enterro podem estar em risco elevado de serem diagnosticados com a esclerose lateral amiotrófica (ELA), um quadro neurodegenerativo incurável.

A pesquisa relacionou o formol, usado para conservar o corpo de cádaveres, a danos nos nervos, aumento da permeabilidade das potências de energia de células mitocondriais e produção de radicais livros, todos que estão implicados na ELA.

Para concluir a pesquisa, os participantes do estudo responderam questões sobre o trabalho mais recente que desempenhavam. A exposição ao formol no trabalho foi então estimada, utilizando critérios desenvolvidos por higienistas industriais. A intensidade e a probabilidade de exposição do produto químico foram calculadas para cada setor de trabalho e da indústria.

O físico britânico Steve Hawking foi diagnosticado com a doença em 1966

Assim, concluiu-se que homens em postos de trabalho com alta probabilidade de exposição ao formal foram classificados como tendo três vezes mais probabilidade de serem diagnosticados com ELA na comparação com aqueles que não tinham sido expostos ao produto químico. Todos eram diretores de funerárias.

Com o estudo é observacional, ainda não há conclusões definitivas sobre a causa e o efeito do formol para o diagnóstico da ELA.