Pesquisa traça perfil dos empreendedores do Brasil

A maioria dos jovens que empreendem no Brasil é do sexo masculino, tem de 26 a 30 anos, possui curso superior completo, prefere abrir empresa no segmento de serviços, emprega até nove funcionários, fatura até R$ 60 mil por ano e utiliza as redes sociais como um dos principais meios de conexão com o mundo dos negócios.

Os dados fazem parte da pesquisa “Perfil do Jovem Empreendedor Brasileiro“, realizada pela Conaje (Confederação Nacional dos Jovens Empresários), em parceria com a “Revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios”.

O estudo mostrou ainda que dos potenciais jovens empreendedores, ou seja, aqueles que têm interesse em empreender, 60% são do sexo masculino, 34% possuem idade entre 21 e 25 anos, 56% têm ensino superior, que a busca da independência é o principal motivo para optarem por investir na abertura de um negócio e que a falta de dinheiro e de preparo são os principais motivos que os impedem de abrir uma empresa.

A pesquisa foi desenvolvida em junho deste ano, por meio de questionário on-line, com a participação de quase 6 mil jovens, com idade entre 18 e 39 anos, de 26 estados e o Distrito Federal. A margem de erro foi de 5% e o intervalo de confiança de 95%.

O objetivo do levantamento foi de identificar, além de características socioeconômicas, o perfil de negócios de jovens empreendedores e empresários, a motivação e o preparo para empreender, a percepção do ambiente empreendedor no País, as dificuldades enfrentadas e as propostas de melhoria.

Entre os participantes, o estudo identificou que 61% dos jovens já possuem seu próprio negócio (jovens empreendedores) e que 39% desejam se tornar empreendedores (potenciais jovens empreendedores). A pesquisa foi dividida, então, nesses dois perfis –os que já empreendem e aqueles que têm a intenção de empreender.

Segundo o presidente da Conaje, Rodrigo Paolilo, os resultados permitem entender o que o jovem pensa, o que quer, como se conecta com o universo empreendedor, quais os obstáculos do empreendedorismo no Brasil e sua participação em entidades jovens empresariais, buscando suprir as necessidades emergentes do ‘ato de empreender’. “A partir desses resultados, que são inéditos no universo do empreendedorismo jovem, a Conaje e outras instituições poderão realizar projetos e ações, e cobrar políticas públicas mais assertivas para o jovem empresário brasileiro”, ressaltou.