Plataforma oferece serviço de financiamento colaborativo recorrente
As plataformas de financiamento colaborativo revolucionaram a possibilidade de colocar em prática projetos sem patrocínio empresarial. Diversos artistas, coletivos, profissionais, empreendedores e inovadores tiveram a satisfação de receber por meio do apoio individual os valores necessários para tirar suas ideias do papel.
Como novas demandas geram também novas necessidades que podem se tornar oportunidades, o empreendedor e designer Daniel Larusso, 29,
percebeu que dentro dessa dinâmica de economia colaborativa alguns processos, projetos e pessoas precisavam de financiamentos recorrentes, contínuos e não apenas pontuais. Assim, ele criou junto com o músico e programador Daniel Weinmann, 33, o Unlock.
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“Diferente das outras, essa é uma plataforma de financiamento coletivo recorrente, onde você compartilha valor e recebe todo mês. Os apoiadores financiam e sustentam o que querem que exista”, explica Larusso. “É uma ferramenta autônoma, distribuída, gratuita e com código aberto, ou seja, um bem comum onde toda iniciativa é bem-vinda e livre.”
Lançado no dia 30 de setembro, o sistema foi criado com base na primeira plataforma formulada dessa maneira nos Estados Unidos, a Patreon e também a partir da aprendizagem com sites como Catarse, Engage, Nós.vc e Estaleiro Liberdade.
“Mas a nossa maior inspiração foi a necessidade de usar uma plataforma do tipo, como no caso da Laboriosa 89, ambiente colaborativo financiado em rede, que foi o primeiro projeto no Unlock com uma campanha criado por mim”, diz Larusso. “O Daniel Weinmann financia sua criação musical dessa forma também e próprio site se financia dentro do mesmo sistema com sua campanha própria”.
O Unlock não cobra taxas e tem muita flexibilidade de personalização de como apresentar sua proposta para o internauta. “Já são 37 projetos no ar, praticamente um por dia, e 319 apoios. Mas cada pessoa pode criar quantos projetos quiser e apoiar outros tantos”, diz o empreendedor.
“Entre as ideias que já estão no ar temos espaços compartilhados, produtores de conteúdo, músico, prestadores de serviços, negócios sociais, plataformas web, pessoas físicas e mais. A tendência é descobrirmos usos que ainda nem imaginamos para esta plataforma”.