Pokémon Go transforma vida de jovem autista que não saia de casa
O Pokémon Go virou uma febre nos países onde foi lançando. O game de realidade aumentada, baseado no desenho animado japonês dos anos 1990 e foi desenvolvido, utiliza o mapeamento de GPS e os sistemas de câmeras dos celulares.
Se por um lado o aplicativo vem causando problemas (veja aqui 13 notícias mais insanas de Pokémon GO), por outro, ele parece ter causado um grande impacto em pacientes com autismo e Síndrome de Asperger.
É o caso do adolescente britânico Adam Barkworth, de 17 anos, que é autista e passou os últimos cinco anos em casa. De acordo a BBC, o jovem não saía de casa por que passava mal por causa do barulho. Mas agora por causa de Pokémon Go, passa horas na rua e interage com outras pessoas.
Segundo a mãe, Adam não aguentava ficar na rua. Ela conta que o jovem “começava a tremer e se sentir mal, com dor de estômago, apenas por estar entre pessoas, com barulho, falando alto”.
Síndrome de Asperger
O Pokemón Go também tem ajudado o americano Ian Thayer, de 12 anos, a sair de casa para caçar os monstrinhos. Portador da Síndrome de Asperger, Ian também quase não saia de casa.
A mãe conta que inicialmente ele nem queria jogar Pokémon Go, mas pouco tempo depois começou a capturar seus primeiros pokémons e logo teve a iniciativa de sair de casa e interagir com outras crianças.
Apesar de o fenômeno recente ainda não ser objeto de pesquisas acadêmicas, o médico James McPartland, diretor da Clínica de Deficiências de Desenvolvimento da Universidade de Yale, diz que o jogo é convidativo para crianças com Asperger por sua estrutura e consistência.
“Ele envolve personagens consistentes e estáveis. Crianças com autismo frequentemente gostam de coisas assim e que são baseadas em listas ou coisas concretas baseadas em fatos”, disse o médico. “Eles são muito bons em aprender e memorizar, então isso não só cai na área de interesse deles, mas também em uma área em que as qualidades dos autistas podem brilhar”.