Cadeirante ganha na Justiça direito de ser ajudada por porteiros
Uma cadeirante de Juiz de Fora (MG) recebeu na Justiça o direito de ser ajudada pelos porteiros do condomínio onde mora. Eles auxiliarão Ana Tereza Baêta Camponizzi, de 59 anos, a subir a rampa íngreme da garagem que leva aos elevadores do edifício.
A funcionária pública também conquistou o direito a ser indenizada em R$ 46 mil em três instâncias judiciais, de acordo com informações da “Folha de S.Paulo”. Isso porque os moradores, em assembleia, teriam aprovado por quase unanimidade a proibição da ajuda. O condomínio alegou que era uma “questão de natureza privada”.
Segundo a decisão judicial, o condomínio “violou o princípio da dignidade da pessoa humana, de valor supremo na ordem constitucional vigente, como fundamento da República”.
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A cadeirante mora sozinha no local há 15 anos. Há 37, utiliza a cadeira de rodas devido a uma lesão medular que ocorreu em um acidente de automóvel.
A dificuldade que ela tem em subir a rampa sozinha também é resultado da falta de padrão técnico da instalação, que acabou ficando muito íngreme. Por isso, a Justiça também mandou o condomínio instalar rapidamente uma plataforma elevatória (orçada em R$ 39 mil).
Um dos advogados do condomínio, Ricardo Gorgulho Cummingham, disse que consultaria o cliente caso houvesse desejo de se manifestar na reportagem da “Folha”, o que não aconteceu.
“Ao obter decisões favoráveis, minha sensação foi de dever cumprido, foi de felicidade por ver a Justiça sendo feita, foi de recompensa por um sofrimento”, afirmou Camponizzi.
Leia a reportagem completa na “Folha de S.Paulo”