Programa treina porteiros para ajudar idosos

De acordo com o último censo demográfico realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2010, a população de idosos no Brasil (60 anos ou mais) era de aproximadamente 20 milhões de indivíduos, equivalente a cerca de 10% do total. Até 2050, a estimativa é que esse universo triplique, chegando a 64 milhões de habitantes.

O país é um dos que mais rapidamente envelhecem no mundo. Atualmente a expectativa de vida do brasileiro é de 74,9 anos. Por conta desta nova realidade, muitos condomínios estão buscando profissionais cada vez mais capacitados para atender os idosos.

Desde de 2010, o programa Porteiro Amigo do Idoso oferece aulas de capacitação gratuita a porteiros em quatro Estados.

A metodologia, desenvolvida pelo Senac RJ, inclui uma vivência para que os alunos aprendam a se colocar no lugar dos idosos e a lidar com situações comuns para quem convive com pessoas longevas. Óculos para dificultar a visão, pesos nos pés e aparelho auricular, entre outros artifícios, são utilizados de forma que os porteiros sintam as limitações que a idade pode trazer e reflitam sobre as dificuldades enfrentadas pelos mais velhos.

O objetivo do programa é capacitar o porteiro –apontado como “o melhor amigo do idoso”, em pesquisa realizada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) com cidadãos da terceira idade de 32 países –a atuar de forma preventiva e proativa na resolução de problemas do cotidiano, contribuindo para a segurança, autonomia, mobilidade e independência da população longeva.

As inscrições para a sua segunda turma do ano em São Paulo estão abertas. Inteiramente gratuitas, as aulas serão realizadas de 12 a 14 de maio, das 14h às 18h, no Jardim Paulista (r. Estados Unidos, 89). Os interessados podem se inscrever pelo site www.vilavelha.com.br/longevidade.

A primeira turma de 2015 foi concluída no dia 30 de abril. Até o final do ano, serão promovidas mais oito turmas na cidade de São Paulo, além das edições realizadas em outras cidades do Estado (Santo André, Campinas e Ribeirão Preto). O programa, que também abrange os estados de Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, deve formar cerca de 1.100 profissionais até janeiro de 2016.