Entre os 65 países avaliados pelo PISA (Programme for International Student Assessment), o Brasil é o 59º, ou seja, o sexto pior colocado no aprendizado de ciências. Para ajudar a solucionar esse problema, diversos professores criaram o Projeto Descubra que tem como objetivo levar o laboratório para as salas de aula.

O prof. Egidio Trambaiolli Neto, um dos idealizadores do projeto

“Há uma falha no sistema educacional brasileiro, em especial no ensino de ciências, muitas vezes reduzido a verdades prontas, ou seja, informações contidas em livros didáticos que relatam, mas não comprovam experimentalmente os fenômenos”, diz o professor Egídio Trambaiolli Neto, um dos idealizadores do projeto.

“A prática é fundamental para que o aluno teste, valide e identifique os fenômenos com auxílio de kits e livros de apoio ao projeto, de forma que ele consiga comprovar fenômenos e a trabalhar com o erro.”

Os kits, originários da Alemanha, abordam temas ligado as Ciências Fundamentais, Medidas e Estação Meteorológicas, para o Ensino Fundamental I, e Microscópio; Fundamentação Científica, Sistema Terra, Sol e Lua, para o Ensino Fundamental II.

Ao todo, são 20 aulas práticas anuais, alinhadas com os currículos escolares. Assim, a cada quinzena, o aluno terá uma aula prática, que poderá ser desde a verificação de como a seiva circula em uma planta, ou por que o ar consegue propulsionar os corpos, até a realização da previsão do tempo.

“Há também atividades que trabalham com pressão, temperatura, medidas de volume, massa, comprimento, distância, enfim, experimentos de caráter qualitativo e quantitativos, preparando o aluno para estudos mais aprofundados nos diversos campos das ciências”, explica o professor.