Projeto permite monitorar consumo de água e ainda gerar energia

As soluções para a economia da água surgem também de dentro das escolas por iniciativas dos próprios alunos. É o caso de três estudantes da Escola Técnica de Eletrônica Francisco Moreira da Costa (ETE FMC), de Santa Rita do Sapucaí, no sul de Minas Gerais, que elaboraram um projeto inovador capaz de gerar energia por meio do fluxo de água e que ainda permite os usuários a monitoração do seu consumo e dos gastos.

A ideia nasceu a partir da criação de um projeto para a feira de tecnologia da escola. Dividido em duas partes, é composto de uma turbina geradora de energia, localizada na entrada da caixa de água, onde a pressão é maior, e por um hidrômetro digital e sensores, que calculam a quantidade de litros de água que circula dentro de certos períodos. Na  turbina está acoplado um circuito regulador onde são carregadas as baterias armazenadoras de energia.

Fernando Iemini Costa, Guilherme Costa de Oliveira e Luis Gabriel Carvalho Silva, todos com 17 anos, demoraram oito meses para colocar toda a estrutura do projeto para funcionar de forma conjunta. “Havíamos testado por partes, porém, na hora de juntá-las, ocorreram alguns problemas, mas que depois foram solucionados”, contam.

A princípio o projeto foi desenvolvido para aplicações residenciais mas poderá ser implantado em outros estabelecimentos como hotéis, hospitais ou qualquer lugar onde há um consumo excessivo de água. “Bastará apenas fazer uma pequena reforma de adaptação na tubulação de água. No entanto, até o momento só bolamos o protótipo e não chegamos a instalar em nenhuma residência”, explicam.

O grupo criou um mecanismo em que o usuário define por meio de um aplicativo de celular sua meta de consumo de água. Porém. a comunicação é feita via Bluetooth. Agora querem criar uma forma em que essa comunicação possa ser feita através de uma rede wi-fi.

“É muito gratificante saber que podemos fazer uma pequena contribuição diante de um problema tão sério pelo qual o país passa nesse momento, que são os períodos de seca e aumento nas contas de luz”, afirmam.