Projeto quer fomentar construção de casas populares sustentáveis

As alternativas para buscar um modo de vida mais harmonioso com a preservação do planeta não param de aparecer. No blog Recriar com Você, ideia de compartilhar sonhos e aprender a construir juntos as soluções para um mundo melhor parte de um ponto bastante relevante para a sociedade: a construção do lar.

No Brasil, de acordo com o Ministério das Cidades, o déficit habitacional para a população de baixa renda é estimado hoje em 7,223 milhões de moradias, ou seja, a população com renda média familiar mensal até três salários mínimos.

Segundo os criadores do blog, um grupo diversificado de profissionais, a indústria da construção civil poderia suprir esse déficit a partir da construção de casas populares sustentáveis. “São habitações projetadas com materiais de construção e tecnologias de baixo custo, que possibilitam, por exemplo, coleta e reutilização da água da chuva, utilização de materiais de construção naturais, recicláveis e de fontes renováveis, tratamento local de esgoto doméstico, desenvolvimento de projeto que possibilite a auto-construção ou a construção através de sistemas de mutirão, sistema de aquecimento de água por painéis solares, entre outros itens”, especificam.

Com a intenção de difundir essa possibilidade, criaram o projeto Centro Tecnológico Recriar, onde são pesquisados materiais, tecnologias e sistemas construtivos para construir uma casa popular sustentável com apenas R$ 8 mil. A intenção é disponibilizar conhecimento a partir espaços com infraestrutura para isso.

 O projeto tem como objetivo construir um espaço físico com diversos laboratórios e oficinas de reciclagem reutilização de resíduos da construção civil, e ainda montar uma ecovila com os protótipos das casas com área de 50 m2. Inicialmente serão dez casas com diferentes materiais e sistemas construtivos.

A ideia é também montar uma rede de pesquisadores divididos em seis grupos de estudos (parede, cobertura, estrutura, esgoto, revestimento e energia limpa).

A etapa final é levar moradores de comunidades carentes, alunos de arquitetura e engenharia, profissionais da área de construção civil, internos de clinicas de recuperação e público em geral, para aprender as técnicas no local.