Projeto traz ‘doenças invisíveis’ como depressão em tatoos temporárias
Por três meses, a artista plástica Arianna Warner entrou em estúdios de tatuagem em busca de pessoas com doenças invisíveis, como dor crônica e diabetes. A ideia é que eles retratassem suas deficiências em tatuagens temporárias.
Assim nasceu o Ink Visible, um grupo de cinco tatuadores da cidade americana de Portland, que conta suas histórias com imagens na pele. Os artistas Kimber Teatro, Aubrey Hight, Tanya Magdalena, Lindsay Carter e Trevor Ward falam um pouco de suas experiências de vida com doenças mentais e bruxismo por meio das imagens.
Segundo Arianna, existem suposições de como uma deficiência deve ser e, se não se enquadra em nenhum estereótipo, ela se torna irrelevante. Isso permitiria conversar mais abertamente sobre a deficiência.
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A fundadora do grupo foi diagnosticada em 2007 com distrofia simpático-reflexa, uma doença crônica que provoca dor intensa. Ela própria não tem tatuagem porque poderia agravar o quadro.
“[Desde o diagnóstico,] tem sido difícil para as pessoas entenderem ou mesmo falarem sobre a doença”, diz ela, no vídeo que apresentou o projeto no Kickstarter, uma plataforma de arrecadação de recursos. A meta foi atingida neste mês, com US$ 6.016.
No site do Ink Visible, eles vendem a tatuagem temporária acompanhada de um marcador de livros com uma breve história da pessoa e da doença. O projeto também é divulgado em eventos, nos quais as tatoos são distribuídas gratuitamente.
Aubrey Hight, por exemplo, conta que boa parte da vida tem sido afetada pela depressão. “É uma batalha constante”, afirma ela, que diz se sentir “fora do corpo, sozinha e sem esperança”.
A proposta é levar o projeto para outras cidades dos Estados Unidos.
Por QSocial