Publicitária mineira larga emprego para virar ‘neta de aluguel’
Ação é considerada exemplar pelo movimento Sou Responsável, campanha sem partidos, candidatos ou ideologia apoiada pelo Catraca Livre e pelo Instituto SEB de Educação
Há cerca de dois meses, a publicitária e relações públicas Bruna de Campos Barreto, de 28 anos, abandonou o emprego fixo em uma agência de Uberlândia (MG) para se dedicar ao projeto “Neta de Aluguel“ e ensinar alunos –em especial, idosos– a acessar redes sociais e internet.
Essa história faz parte da série para o movimento Sou Responsável, cuja meta é estimular o protagonismo dos brasileiros. Em pleno ano eleitoral, o Catraca Livre e o Instituto SEB de Educação decidiram apoiar essa campanha para ajudar o brasileiro a também ser parte das soluções, e não do problema.
De acordo com informações do site G1, a publicitária diz que sempre teve muita paciência para ensinar os pais e a avó a manusear o celular e computador. Como tem facilidade com ferramentas digitais, decidiu que isso se transformaria em sua nova profissão.
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“Com a minha avó, eu comecei a montar um caderninho passo a passo porque ela tinha dificuldade em decorar as orientações”, relembra Barreto. “Meus amigos também me procuravam para ajudá-los e foi então que vi a oportunidade e criei um flyer para divulgar nas proximidades do meu prédio, conquistando meus primeiros alunos.”
A mineira começou a ministrar as aulas na metade de 2017. Com o aumento da procura, alugou um espaço no centro de Uberlândia e, hoje, atende sete alunos por semana, com faixa etária de 28 a 87 anos.
As aulas da “neta de aluguel” duram 50 minutos. A maior demanda vem de idosos que desejam aprender a usar aplicativos (WhatsApp, por exemplo), configurar smartphones e notebooks e criar tabelas de Excel.
“É uma experiência incrível porque é gratificante quando eles chegam na aula seguinte e falam que conseguiram fazer algo sozinhos em casa”, conta a professora.
Um dos estudantes é o professor universitário aposentado Edvaldo Duarte de Freitas, de 70 anos. Segundo ele, ninguém tinha paciência para ensinar os segredos do mundo virtual –nem a família, nem os colegas de trabalho.
Freitas também é contador e percebeu que o aprendizado seria importante profissionalmente. “Tenho clientes fora e recebia dezenas de mensagens que eu não sabia responder”, conta o aposentado, que contratou os serviços da “neta de aluguel”. “Eu comecei a ficar constrangido, me tornei um troglodita do século 21. Agora o próximo passo é dominar o notebook.”
Leia a reportagem completa no G1