Rio de Janeiro usa peixe no combate à dengue

07/01/2016 00:00 / Atualizado em 02/05/2019 19:52

Pequenino e faminto, o peixe Poecilia Reticulada (também conhecido como lebiste ou barrigudinho) vem sendo usado há três anos pela Secretaria de Saúde do do Rio de Janeiro na eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti.

De rápida reprodução, os barrigudinhos sobrevivem em locais com pouca oxigenação e se alimentam de matéria orgânica, evitando o desenvolvimento das larvas do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.

De rápida reprodução, os barrigudinhos sobrevivem em locais com pouca oxigenação
De rápida reprodução, os barrigudinhos sobrevivem em locais com pouca oxigenação

De acordo com o coordenador de Vigilância Ambiental em Saúde, Marcus Vinícius Ferreira, o peixinho contribuiu para a importante queda do índice de infestação e casos de dengue na capital fluminense, juntamente com uma série de ações e a ajuda da população,

Alguns desses peixes têm menos de um centímetro e normalmente são confundidos com larvas. Eles são usados principalmente em depósitos, piscinas abandonadas, fontes, charcos e lagos. As inspeções nesses locais são feitas quinzenalmente. Caso haja necessidade dos peixinhos, a própria população pode procurar a prefeitura.

Ferreira informou que o peixinho não basta no combate à dengue. Acrescentou que a participação da população na eliminação do criadouro é fundamental. “É importante manter a caixa d’água fechada adequadamente, fazer a limpeza do ralo uma vez por semana.”

Segundo ele, o percentual de imóveis pendentes (fechados ou com moradores que não permitem entrada de agentes de saúde) reduziu nos últimos anos graças à conscientização da população.

“O percentual era de cerca de 40% e atualmente está abaixo de 20%.” Pedidos de vistoria ou denúncia de focos do Aedes aegypti podem ser feitos à Central de Atendimento da Prefeitura (1746). A estimativa é que 80% dos criadouros do mosquito estão dentro das casas.

Em 2015, foram feitas cerca de 9,6 milhões de visitas de inspeção a imóveis em toda a cidade, eliminando mais de um milhão de depósitos e tratando outros 3,15 milhões. Também no ano passado, foram feitas mais de 1,1 notificações em imóveis fechados, com 87 publicações em Diário Oficial do Município para entrada compulsória.

Da Agência Brasil